Brasília – Nos bastidores de Brasília, Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Haddad já bateram o martelo: o ministro da Fazenda sairá do governo em abril de 2026. O plano, cuidadosamente articulado, é colocá-lo em campo na disputa por um cargo que ajude a conter o avanço do bolsonarismo nas eleições.
Apesar do silêncio estratégico, aliados confirmam que Haddad é a carta na manga de Lula para reforçar o campo progressista nas urnas — seja no Senado, no governo de São Paulo ou até em uma eventual substituição do próprio presidente na corrida presidencial.
Haddad se lança como “linha de frente” do PT
O desenho ainda está sendo ajustado, mas o alvo principal já está definido: enfrentar e derrotar candidatos da extrema-direita, como Eduardo Bolsonaro, que aparece empatado com Haddad em pesquisas para o Senado. O resultado acendeu o alerta no QG bolsonarista, e a movimentação do PT já provoca calafrios no campo adversário.
A candidatura de Haddad dependerá do rumo tomado por Tarcísio de Freitas, atual governador de São Paulo, que pode optar pela reeleição ou tentar a Presidência. Geraldo Alckmin, atual vice-presidente, também segue fora do radar estadual, o que abre espaço para Haddad mirar novamente o Palácio dos Bandeirantes.
Lula mantém carta na manga e baralha o jogo
Se Lula decidir não disputar a reeleição — o que ainda é pouco provável, mas não impossível —, o único nome cogitado por ele para assumir o bastão seria Haddad. A relação próxima entre os dois e o alinhamento político consolidam o ministro como o nome mais confiável do presidente.
Enquanto isso, o discurso de “não sou candidato” continua sendo recitado por Haddad em entrevistas. Mas, nos bastidores, o tabuleiro já está sendo montado — e ele está bem no centro.
Palanque contra a extrema-direita já está de pé
A movimentação de Lula e Haddad vai além de uma simples candidatura: é uma reação direta ao fortalecimento da extrema-direita, que aposta em nomes como Tarcísio, Eduardo Bolsonaro e Alexandre Ramagem para 2026. O objetivo é construir um palanque robusto para enfrentá-los com estratégia, musculatura política e votos.
A leitura no PT é clara: se o bolsonarismo quer voltar ao poder, vai ter que passar por Haddad. E, desta vez, ele não estará sozinho — estará respaldado por um governo federal ativo, um presidente popular e um eleitorado atento.
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