O médico Armando Marins, preso nesta sexta-feira (16/5), após a Polícia Civil do Rio de Janeiro encontrar medicamentos fora do prazo de validade, não se incomodou ao deixar a delegacia e encontrar um batalhão de repórteres e cinegrafistas. O profissional de saúde deixou a 78ª DP (Fonseca) mandando beijos para pessoas que protestavam na frente da distrital, o chamando de “assassino”.
Ele é investigado pela morte de Priscilla dos Santos Nascimento, 42 anos, após um procedimento estético para tratar varizes. Pela manhã, policiais cumpriram mandados de busca e apreensão na clínica onde Marins atende, em São Gonçalo, e na casa dele, em Niterói. Os agentes encontraram medicamentos fora do prazo de validade. “Uma parte da equipe estava na clínica, e outra parte, na delegacia, ouvindo o médico. Como localizamos os medicamentos vencidos, demos voz de prisão a ele”, explicou o delegado Gabriel Poiava, titular da 78ª DP.
A investigação contra o médico começou a partir da morte da paciente Priscilla dos Santos Nascimento, de 42 anos, após um procedimento estético para tratamento de varizes, em março deste ano, na clínica onde ele trabalha. De acordo com a Polícia Civil, há fortes indícios de que ele usou medicamento vencido e possivelmente violado na intervenção, o que teria provocado uma infecção generalizada e, consequentemente, o óbito.
Veja as imagens:
Medicamento Vencido
Além do uso do medicamento vencido, Marins também é investigado por ter, com auxílio de funcionários da clínica, fraudado prontuários médicos com o intuito de atrapalhar a apuração policial.
Marins foi autuado por vender; ter em depósito para vender; expor à venda; ou entregar matéria-prima ou mercadoria em condições impróprias ao consumo. Equipes da 78ª DP analisam o material apreendido e seguem com as investigações para demais esclarecimentos sobre o caso.
