Quando ameaçados, muitos animais não fogem nem atacam. Em vez disso, simplesmente… fingem de mortos. Essa resposta extrema, conhecida como tanatose ou imobilidade tônica, é um comportamento de defesa presente em diversas espécies e pode ser vital para a sobrevivência. É um estado comportamental caracterizado por imobilidade completa e temporária, em que o animal parece morto, de forma bem convincente.
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Para se ter uma noção, essa postura pode durar segundos ou até horas, e costuma ocorrer após contato físico com o predador. O termo vem do grego “thanatos“, que significa “morte”.
Segundo um artigo publicado na National Library of Medicine, tanatose é “a adoção não aprendida de uma postura imóvel por uma presa, desencadeada por contato físico ou proximidade muito próxima com responsividade reduzida a estímulos externos”.
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Por que os animais fingem de morto?
A tanatose é ativada como último recurso quando estratégias como fuga e camuflagem já falharam. O comportamento confunde predadores, que frequentemente reagem ao movimento da presa para concluir o ataque. Sem movimento, muitos predadores perdem o interesse ou acreditam que a presa está morta e imprópria para o consumo (exceto para os necrófagos, como urubus, que comem carniça).
Alguns animais reforçam esse disfarce com defesas químicas. O gambá-americano, por exemplo, se contorce, baba, urina e libera um odor forte. A cobra-nariz-de-porco também adota posturas exageradas, com boca aberta e língua para fora.
Como aponta um artigo da revista Current Biology, “os movimentos da presa comumente desencadeiam comportamentos de matar por parte dos predadores; a tanatose remove esses estímulos e, ao fazê-lo, pode prevenir danos adicionais a curto prazo”. Vale lembrar que a tanatose ocorre em répteis, artrópodes, aves, mamíferos e até em peixes.
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