A corretora de criptomoedas, Coinbase, integra nesta segunda-feira (19) a S&P 500, um dos principais índices do mercado financeiro que reúne ações das maiores empresas listadas na Bolsa de Nova York. A exchange é a primeira companhia do setor a fazer parte do índice.
- Quais são as criptomoedas em alta em 2025?
- Como comprar Bitcoin no Brasil? Veja o que é preciso para investir na moeda
De acordo com comunicado da S&P, as ações da Coinbase vão substituir as da empresa de serviços financeiros, Discover Financial Services. A troca será feita na abertura do mercado americano às 10h30 (horário de Brasília).
A Coinbase é uma das maiores corretoras de criptomoedas dos Estados Unidos. Na plataforma, é possível comprar, vender e armazenar criptomoedas, como Bitcoin e Ethereum.
–
Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.
–
A corretora já fazia parte da bolsa Nasdaq, focada em ações de tecnologia, desde 2021. E, para conseguir entrar no índice S&P 500, precisou aculumar lucros nos últimos quatro trimestres e estar entre as 500 empresas mais valiosas nas bolsas dos EUA.
Entrada na S&P 500 impulsionou as ações
A novidade impulsionou as ações da corretora desde o anúncio. Ela fechou em alta de 9% na última sexta-feira (16) e, atualmente tem um valor de mercado de US$ 67 bilhões.
A entrada da Coinbase em um dos principais índices é vista de forma positiva por analistas e configura um momento de virada para o setor de criptomoedas.
O analista da exchange Foxbit, Beto Fernandes, indica que o ingresso da Coinbase no S&P 500 é um movimento que estabelece as criptomoedas como ativos financeiros e tecnologia, não somente “uma indústria à parte”.
“Estamos falando de uma empresa especificamente cripto entrando não só no mainstream do mercado financeiro, mas inclusive entre as maiores do mundo. Com isso, o mercado de criptomoedas senta à mesa com qualquer outra empresa, oferecendo soluções tão relevantes e atrativas quanto qualquer outra”, adiciona Fernandes.
O Co-Ceo da Lumx, empresa de tecnologia para contratos inteligentes na blockachain, Caio Barbosa, aponta que a estreia da Coinbase no S&P 500 reforça a relevância crescente dos criptoativos no mercado financeiro tradicional.
“Esse movimento acontece em um momento em que a Coibase intensifica suas iniciativas de integração, como os pagamentos de stablecoins, mostrando como o digital pode ser conectado ao tradicional de forma eficiente e segura”, acrescenta Barbosa.
Antes da estreia, Coinbase sofreu ataque cibernético
Na última semana, a Coinbase confirmou o vazamento de dados de usuários da corretora de criptomoedas. De acordo com documento enviado às autoridades dos Estados Unidos, um hacker entrou em contato com a empresa nesta semana e alegou ter acesso aos dados pessoais dos usuários.
Neste mesmo contato, o agente malicioso solicitou US$ 20 milhões para evitar o vazamento. Entre as informações sob ameaça estavam nomes, endereços, e-mails, números de telefone e os quatro últimos dígitos de um documento pessoal do cidadão estadunidense, o Social Security Number (SSN).
A empresa não aceitou a ameaça, mas disse que reembolsará os clientes afetados.
O ataque também interferiu nas ações da corretora que, na quinta-feira (15), tiveram uma queda de 7%. E nesta segunda (19), na pré-abertura de mercado, está com uma queda de 2,9%.
Leia mais:
- Como funciona a mineração do Bitcoin?
- É possível minerar bitcoin pelo celular?
- Como investir em criptomoedas
VÍDEO: Bluetooth com alcance de 10 km no seu próximo celular OPPO, JOVI e ONEPLUS (mas isso é importante?)
Leia a matéria no Canaltech.