Brasília – Jair Bolsonaro já gastou R$ 8 milhões da famosa vaquinha bolsonarista e, agora, quer mais.
Em vídeos publicados nas redes sociais, o ex-ministro Gilson Machado convocou apoiadores a retomarem as doações por PIX, alegando que o saldo está “desidratando”.
Segundo Machado, os recursos da campanha iniciada em 2023 foram consumidos com passagens aéreas, tratamentos médicos e, principalmente, advogados que defendem o ex-presidente e seus aliados em diversas investigações.
Parte da grana também foi usada para bancar a estadia de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos.
Ex-ministro apela por PIX e ataca esquerda
De forma dramática, Gilson Machado disparou: “A gente vai deixar o presidente desidratar?”. E explicou que o ex-presidente estaria ajudando o filho, Eduardo Bolsonaro, que teve o passaporte retido por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF, e se mandou para os EUA, onde “não é barato morar”.
Nos vídeos, o ex-ministro exibe a chave PIX de Bolsonaro e diz que os R$ 17 milhões arrecadados na vaquinha anterior não bastam mais. Do total, R$ 8 milhões já foram embora.
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A fala de Gilson não parou por aí. Ele aproveitou o apelo financeiro para atacar a esquerda, tentando surfar no escândalo de fraudes no INSS: “A nossa índole é pedir, e jamais colocar a mão no dinheiro dos aposentados, no dinheiro brasileiro, como a esquerda fez agora”.
A frase tenta emplacar uma narrativa moralista, enquanto Bolsonaro segue investigado pelo STF e pelo TSE, impedido de deixar o país e com um rastro de escândalos no colo.
Bolsonaro sob cerco judicial
Além do pedido por doações, o movimento surge num momento em que Bolsonaro enfrenta diversas investigações no Supremo Tribunal Federal e no Tribunal Superior Eleitoral, acumulando restrições legais e pressão crescente.
Enquanto isso, o ex-presidente aposta no velho truque de vitimização e mobilização de base. O que era uma “ajuda emergencial” virou fonte permanente de financiamento para suas aventuras pessoais e jurídicas.
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