Vídeo. Biólogo vê ninho de aranhas em quarto alugado e dorme no carro

O biólogo Christian Raboch, especialista em resgate de fauna silvestre, viveu momentos de tensão ao encontrar um ninho de aranhas-marrons — espécie peçonhenta — no quarto que havia alugado por meio de uma plataforma on-line em Curitiba (PR).

Ele viajou de Jaraguá do Sul, no norte de Santa Catarina, até o estado vizinho para participar de um curso, mas teve de dormir no carro após localizar os animais no imóvel.

Em um vídeo publicado no TikTok, no último domingo (18/5), Raboch relatou o susto e fez um alerta aos viajantes. A primeira aranha foi localizada no lençol da cama.

Veja:

Ao investigar mais, ele levantou o colchão e encontrou várias aranhas no estrado da cama. “Achei o ninho delas”, contou. Ao abrir uma gaveta, encontrou mais um exemplar da espécie. No total, ele identificou pelo menos 10 aranhas no quarto.

Raboch alertou sobre os riscos. “Apesar de ser biólogo, (de) gostar de bicho, aranha-marrom não é brincadeira, não”, alertou.

No vídeo, o biólogo explica que a picada do animal pode ser silenciosa e causar sérios danos à saúde. “Daí, a pessoa deita, não vê esse bicho, aperta, não sente a picada. Depois de alguns dias, começa a coceira e começa a necrosar”, explicou.

Raboch atua na Fundação Jaraguaense de Meio Ambiente (Fujama) e aproveitou o vídeo para dar orientações importantes sobre o risco representado pela aranha-marrom (Loxosceles), espécie comum em ambientes domésticos e difícil de detectá-las.

3 imagens

Ao investigar mais, ele levantou o colchão e encontrou várias outras no estrado.

Segundo o biólogo, a picada pode provocar loxoscelismo, uma reação que pode se apresentar de duas formas
1 de 3

Apesar de sua profissão, Raboch alertou sobre os riscos

Reprodução

2 de 3

Ao investigar mais, ele levantou o colchão e encontrou várias outras no estrado.

Reprodução

3 de 3

Segundo o biólogo, a picada pode provocar loxoscelismo, uma reação que pode se apresentar de duas formas

Reprodução

Perigos da aranha-marrom

Segundo o biólogo, a picada pode provocar loxoscelismo, uma reação que pode se apresentar de duas formas:

  • cutânea (mais comum): provoca lesões que podem evoluir para necrose (morte do tecido) e têm cicatrização lenta.
  • visceral ou sistêmica (mais rara): atinge órgãos internos e pode causar febre, anemia hemolítica, insuficiência renal e até levar à morte.

O que fazer em caso de picada

  • Lavar o local com água e sabão
  • Não aplicar remédios ou receitas caseiras
  • Procurar atendimento médico imediatamente
  • Se possível, fotografar ou capturar o animal com segurança para facilitar a identificação

Como prevenir

Raboch também listou medidas para evitar a presença da aranha-marrom em casas e apartamentos:

  • Evitar acúmulo de entulhos ou roupas guardadas por muito tempo
  • Usar luvas ao manusear objetos em locais escuros ou pouco movimentados
  • Vedar frestas e manter os ambientes limpos e arejados

Reembolso parcial

O biólogo informou que entrou em contato com a responsável pelo aluguel do quarto. Ela teria devolvido o valor da hospedagem, mas reteve as taxas cobradas pela plataforma. O nome do imóvel ou do anunciante não foi divulgado.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.