Genocidas de Israel matam 30 pessoas em novo ataque a Gaza

Gaza – O jornalismo palestino está sendo executado a sangue-frio.

Neste domingo (26 de maio), mais uma rodada de bombardeios israelenses matou ao menos 30 civis em Khan Younis, Jabalia e Nuseirat, na Faixa de Gaza. Entre os mortos, o jornalista Hassan Majdi Abu Warda, alvejado com sua família em casa, e o socorrista Ashraf Abu Nar, assassinado com a esposa.

O ataque ocorre em meio à campanha de extermínio promovida por Israel desde 7 de outubro de 2023, que já matou 220 jornalistas palestinos — um número sem precedentes na história moderna da imprensa.

Segundo o escritório de mídia do governo de Gaza, Abu Warda registrava os horrores da ocupação até que um míssil apagou sua vida e seu trabalho. Seu nome agora integra a lista de repórteres assassinados por fazerem o que Israel não tolera: mostrar o genocídio em tempo real.

🇵🇸 Jornalistas na mira

A morte de Abu Warda não é uma exceção. É parte de uma estratégia sistemática de silenciamento, que visa jornalistas, socorristas e civis indiscriminadamente. Os dados não mentem: mais de 220 jornalistas palestinos mortos em menos de oito meses. Não se trata de “efeito colateral” — trata-se de política de guerra.

As informações são corroboradas por organizações como a Repórteres Sem Fronteiras, que já acusam Israel de crimes contra a humanidade no trato com a imprensa. O número de jornalistas mortos em Gaza supera qualquer zona de conflito recente, inclusive Afeganistão e Síria.

Ataques a socorristas

Em outro ataque neste domingo, o funcionário do serviço de emergência civil Ashraf Abu Nar e sua esposa foram mortos dentro de casa em Nuseirat. Eles faziam parte do esforço desesperado para resgatar feridos e corpos sob escombros, mesmo com a infraestrutura médica de Gaza destruída por Israel.

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) confirmou a morte de dois de seus funcionários em outro ataque, no sábado (25), em Khan Younis: Ibrahim Eid e Ahmad Abu Hilal. Em nota, a entidade denunciou o “intolerável número de mortes de civis em Gaza” e exigiu cessar-fogo imediato.

77% da Faixa de Gaza sob ocupação israelense

O massacre é apenas uma ponta do que o escritório de mídia de Gaza chama de ocupação militar direta de 77% do território. Através de tropas terrestres, bloqueios e bombardeios constantes, Israel expulsa moradores de suas casas, transforma bairros em ruínas e impede qualquer chance de reconstrução.

Enquanto isso, o chefe do Exército israelense, Eyal Zamir, visitava tropas em Khan Younis. Em vez de reconhecer os crimes de guerra, declarou: “Esta não é uma guerra sem fim… o Hamas perdeu seu comando”. Silenciou sobre os civis mortos — ou talvez considerasse isso uma vitória militar.

Resistência armada continua

Apesar do genocídio em curso, combatentes do Hamas e da Jihad Islâmica realizaram neste domingo emboscadas e lançamentos de foguetes contra forças israelenses. A resistência, embora desproporcional em armamento, continua ativa — e serve como pretexto para Israel seguir matando civis sob o manto da “guerra ao terror”.

Por um cessar-fogo real

As vozes que exigem o fim da guerra crescem em volume, mas seguem sendo ignoradas por governos cúmplices, como os Estados Unidos, Alemanha e Reino Unido — principais fornecedores de armas a Israel. O genocídio segue com aval diplomático e silêncio estratégico.

É preciso romper a lógica perversa que transforma Gaza em laboratório de massacre. Jornalistas não são alvos. Crianças não são escudos humanos. E a vida palestina vale tanto quanto qualquer outra — ainda que o Ocidente finja o contrário.


O Carioca esclarece

Quem era Hassan Abu Warda?
Era um jornalista palestino que documentava os bombardeios israelenses em Gaza. Foi morto neste domingo (26) junto com sua família em Jabalia.

Por que Israel mata tantos jornalistas?
Organizações de direitos humanos apontam que Israel mira jornalistas para silenciar denúncias sobre crimes de guerra. São mais de 220 mortos desde outubro de 2023.

Como os ataques afetam a população civil?
A destruição sistemática atinge residências, hospitais, escolas e impede o trabalho de resgate. Civis são mortos sem distinção, incluindo socorristas e jornalistas.

Quais as consequências internacionais?
Cresce a pressão global por um cessar-fogo, mas potências ocidentais seguem financiando o massacre com armas e apoio diplomático.

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