Turcomenistão diz que reduziu significativamente incêndio do Portal do Inferno

Na última quinta-feira (5), o governo do Turcomenistão anunciou sucesso em reduzir consideravelmente os incêndios no Portal do inferno, cratera conhecida por estar em chamas há décadas no país. Localizado no deserto de Karakum, o buraco foi perfurado por cientistas da União Soviética em 1971 para reconhecimento, quando vazamentos de metano de um bolsão do gás começaram.

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À época, as autoridades atearam fogo na cratera, acreditando que o gás se extinguiria dentro de algumas semanas. Reentrâncias, no entanto, seguiram alimentando o fogo, que queima até hoje, ainda liberando metano na atmosfera. Segundo o governo turcomeno, observações de satélite independentes confirmaram a redução do fogo em mais de três vezes, sem especificar o período de tempo.

O fogo no Portal do Inferno

Segundo Irina Luryeva, diretora da companhia de energia estatal Turkmengaz, o brilho das chamas, anteriormente visível a quilômetros de distância — o que gerou o apelido de Portal do Inferno — agora é só uma fraca e pequena combustão. Esforços do país incluíram a perfuração de diversos poços ao redor da cratera, capturando metano e diminuindo o combustível do fogo.


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Os fogos do Portal do Inferno em 2018, quando ainda havia muito combustível e um incêndio visível por quilômetros (Imagem: John Pavelka/CC-BY-2.0)
Os fogos do Portal do Inferno em 2018, quando ainda havia muito combustível e um incêndio visível por quilômetros (Imagem: John Pavelka/CC-BY-2.0)

Dois poços foram ativados em dezembro de 2024 e um novo foi construído em fevereiro deste ano. O Turcomenistão, um dos países mais isolados do mundo, tem a quarta maior reserva de gás do mundo, segundo estimativas. É o maior emissor de metano por vazamentos do mundo, de acordo com a Agência de Energia Internacional, mas as autoridades do país negam a afirmação. Na coletiva da semana passada, foram reafirmados os sucessos da nação na redução da emissão de metano e metas para o futuro.

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