13 de junho de 2025 – Teerã, Irã. O general Hossein Salami, comandante-chefe do IRGC, foi morto em um ataque israelense confirmado pela mídia estatal iraniana, elevando o confronto a novos patamares de tensão no Oriente Médio.
A morte do Major‑General Hossein Salami — líder máximo do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC) — foi confirmada pela agência estatal IRNA após uma série de ataques aéreos israelenses na madrugada de sexta-feira, marcando a escalada mais grave desde o início da Operação “Rising Lion”.
Salami era sobrinho militar de Qassem Soleimani e figura central no aparato militar e estratégico do Irã. Conhecido por discursos inflamados contra Israel, Estados Unidos e Arábia Saudita, dirigia a política de confrontação regional do IRGC .
Quem era Hossein Salami
Nascido em 1960, ele ingressou no IRGC em 1981, subiu na hierarquia e em 2019 foi nomeado comandante-geral pelo líder supremo Ali Khamenei.
Era referência na estratégia antimíssil e fortalecimento das forças iranianas — inclusive via câmbio e driblagem de sanções .
O impacto simbólico da operação
A morte de Salami representa um golpe direto à cúpula militar iraniana, com potencial de desestabilizar toda a estrutura de comando do IRGC. Israel justificou o ataque como ação de autodefesa preventiva, visando neutralizar líderes e cientistas nucleares.
Tensão à flor da pele
Com o país em estado de emergência nacional, Israel teme uma retaliação devastadora — e o Irã promete resposta “mais poderosa” do que qualquer ataque anterior . Já o Secretário de Estado americano Marco Rubio reforça que os EUA não participam diretamente dos ataques, embora mantenham alerta militar.
A comunidade internacional reage com apreensão. Austrália, Nova Zelândia, Alemanha e Reino Unido pedem moderação. Rússia e China condenam o ataque e exigem intervenção do Conselho de Segurança da ONU .
Efeitos imediatos no mundo
Com o risco de guerra, mercados desabam: petróleo reagiu com alta de 6% e o ouro disparou, refletindo temor global. Vias aéreas são suspensas e diplomacias têm voos cancelados.
Interesses por trás do ataque
- Institucional: Israel reafirma sua doutrina de segurança nacional contra ameaça iraniana.
- Ideológico: Netanyahu reforça sua narrativa de militarização preventiva e enfrentamento a Teerã.
- Economia global: influências imediatas nos preços de energia e tensão que favorece exportadores de petróleo.
O que vem a seguir?
O Irã deve responder com mísseis balísticos, drones ou operações via milícias regionais — inclusive Hezbollah no Líbano. A guerra por procuração pode se intensificar, colocando todo o Oriente Médio e aliados ocidentais em risco.
O Carioca Esclarece
Salami sucedeu Qassem Soleimani como comandante do IRGC em 2019 e era peça-chave na política antimíssil e de intervenção iraniana no Oriente Médio.
Entenda o Caso
1. Quem era Hossein Salami?
General e comandante-chefe do IRGC desde 2019, ativo desde a Guerra Irã-Iraque, foi figura central na política de confrontação do Irã.
2. Israel matou Salami sozinho?
Sim. Ataque aéreo israelense mirou instalações nucleares e liderança militar sem envolvimento dos EUA .
3. Quais as consequências?
Ações de retaliação iranianas são esperadas; risco de escalada militar e impactos no mercado de energia já são realidade .