Tel Aviv, Israel | Teerã, Irã – 14 de junho de 2025 — O mundo assiste estarrecido à escalada brutal da guerra entre Israel e Irã, que já deixou mais de 140 mortos e centenas de feridos em apenas três dias de bombardeios incessantes. As ofensivas atingem inclusive instalações nucleares, ampliando o temor de uma tragédia de proporções planetárias.
Na madrugada deste domingo (15), mísseis lançados pelo Irã sobre Tel Aviv deixaram ao menos cinco mortos e mais de 80 feridos, segundo informações do The Times of Israel. No lado iraniano, o cenário é ainda mais trágico: um ataque aéreo israelense destruiu um prédio residencial em Teerã, matando 60 civis, incluindo 20 crianças, segundo o Ministério da Saúde iraniano.
Enquanto isso, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) confirmou que quatro instalações nucleares no Complexo de Isfahan foram danificadas, incluindo unidades de enriquecimento de urânio. Embora não haja risco imediato de vazamento radioativo, a possibilidade de um desastre ambiental e humanitário não está descartada.
Ataques a instalações nucleares e retaliação
O governo de Israel, liderado por Benjamin Netanyahu, não esconde seus objetivos: destruir o programa nuclear iraniano. Em um vídeo divulgado na manhã deste domingo, Netanyahu declarou:
“Atingimos duramente a principal instalação de enriquecimento do Irã e, se necessário, faremos novamente. Nenhum alvo está fora do nosso alcance.”
Netanyahu também revelou que os caças israelenses abriram um corredor seguro sobre o Irã, destruindo baterias antiaéreas iranianas a caminho de Teerã.
Por sua vez, o governo do Irã classificou a ofensiva como “declaração formal de guerra”. O aiatolá Ali Khamenei prometeu uma “vingança devastadora” e alertou potências ocidentais como Estados Unidos, Reino Unido e França que qualquer apoio direto a Israel transformará suas bases militares em alvos prioritários.
Mortes no alto escalão militar
Os bombardeios já fizeram vítimas no topo das forças armadas iranianas. De acordo com o governo israelense, foram mortos:
- Hossein Salami, comandante da Guarda Revolucionária;
- Mohammad Bagheri, chefe das Forças Armadas do Irã;
- Além de 20 comandantes militares iranianos, segundo as Forças de Defesa de Israel (IDF).
O Diário Carioca apurou que, em resposta, o Irã interrompeu imediatamente as negociações sobre seu programa nuclear e ameaça expulsar os inspetores da AIEA, acusando-os de repassar informações estratégicas a Israel.
O fracasso do Domo de Ferro
A crise também escancarou uma vulnerabilidade que parecia impensável: o Domo de Ferro, sistema de defesa israelense, falhou em interceptar parte dos mísseis balísticos iranianos que atingiram Tel Aviv, deixando bairros inteiros em ruínas.
A fragilidade exposta acendeu um alerta vermelho em toda a diplomacia global, que teme o risco real de um conflito nuclear, sobretudo após relatos de que o Irã possui urânio enriquecido a 60%, nível próximo ao necessário para a fabricação de armas atômicas.
Tensão sem precedentes
O bombardeio de Israel sobre o complexo nuclear de Natanz, considerado o coração do programa iraniano, é descrito como o mais grave desde os ataques às instalações de Osirak, no Iraque, em 1981.
Segundo analistas do Al Jazeera, o objetivo de Israel é desmantelar completamente qualquer possibilidade do Irã desenvolver uma bomba atômica. Contudo, o preço já está sendo pago com sangue civil de ambos os lados — e a conta pode ficar ainda mais alta.
Reação internacional? Até agora, silêncio
Apesar dos alertas do Conselho de Segurança da ONU, das tentativas fracassadas de mediação por parte da China e da União Europeia, a comunidade internacional assiste, paralisada, a um cenário que caminha perigosamente para um conflito de escala global.
O Diário Carioca seguirá acompanhando os desdobramentos desse embate explosivo.
O Carioca Esclarece: Este conflito é o mais grave enfrentamento direto entre Israel e Irã na história moderna. A escalada pode redefinir a geopolítica do Oriente Médio e afetar diretamente a estabilidade global.
Entenda o Caso
Quantas pessoas já morreram no conflito entre Israel e Irã?
Mais de 140 pessoas, incluindo 60 civis iranianos, 20 crianças e ao menos 8 israelenses, segundo balanços oficiais.
Quais instalações nucleares foram atingidas?
A AIEA confirmou danos severos no Complexo Nuclear de Isfahan, incluindo unidades de enriquecimento de urânio e produção de combustível.
Existe risco de guerra nuclear?
Ainda não há risco imediato, segundo a AIEA, mas analistas alertam que a escalada dos ataques a instalações nucleares eleva o risco de uma crise sem precedentes.