Brasília, 16 de junho de 2025 – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarca hoje para o Canadá, onde participará nesta terça-feira (17) da Cúpula do G7, levando as pautas do Brasil sobre segurança energética, inovação e mudanças climáticas — temas centrais também da COP30, que acontece em novembro, em Belém do Pará.
Brasil mira protagonismo climático no G7
O encontro do G7, que reúne as sete maiores economias industrializadas — Estados Unidos, Canadá, Japão, Alemanha, França, Reino Unido e Itália — será palco para que o Brasil reforce sua posição como liderança global nas negociações climáticas e energéticas.
O convite oficial ao presidente foi feito na última quarta-feira (11) pelo primeiro-ministro canadense, Mark Carney, com quem Lula manterá uma reunião bilateral durante a cúpula. A presença do Brasil ocorre na sessão ampliada, ao lado de países estratégicos como África do Sul, Austrália, Coreia do Sul, Emirados Árabes Unidos, Índia e México.
Segurança energética, clima e COP30 no centro do debate
De acordo com o Itamaraty, a participação de Lula será uma oportunidade não apenas para discutir segurança energética e inovação tecnológica, mas também para reforçar os preparativos da COP30, que será sediada em Belém.
“O presidente vai falar da organização da COP30, convidar formalmente os países presentes e mostrar que o Brasil está pronto para liderar as discussões climáticas globais”, afirma o embaixador Maurício Lyrio, secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores.
As discussões no G7 terão foco na construção de cadeias produtivas sustentáveis, especialmente na exploração de minerais críticos e na transição energética — um tema sensível tanto para potências industriais quanto para nações emergentes.
Belém no radar das potências mundiais
A COP30, marcada para novembro, é uma aposta estratégica do governo brasileiro para consolidar sua influência global na agenda ambiental. Ao levar os temas da conferência para o G7, Lula não apenas antecipa os debates, como também busca fortalecer alianças e atrair investimentos verdes para o Brasil.
“A pauta do G7 dialoga diretamente com a COP30. O mundo quer segurança energética, e isso passa pela transição justa e pela preservação ambiental. O Brasil tem muito a oferecer”, reforça Lyrio.
Diplomacia climática: Brasil aposta na liderança
Além das discussões energéticas, o governo brasileiro pretende usar a cúpula como plataforma para reafirmar o compromisso com uma economia de baixo carbono e com o desenvolvimento sustentável da Amazônia — peça-chave nos acordos climáticos.
Com uma mesa que reúne líderes das maiores economias do planeta, Lula busca não apenas protagonismo, mas também mostrar que o Brasil está disposto a ser um elo entre os países desenvolvidos e o Sul Global, especialmente nas negociações sobre clima, biodiversidade e financiamento verde.
O Carioca Esclarece
O G7 não é um órgão formal da ONU, mas um fórum político onde as principais potências discutem temas econômicos, geopolíticos e ambientais. O Brasil participa como convidado, sinalizando seu crescente peso nas negociações globais.
Perguntas Frequentes sobre Lula no G7 e a COP30
Por que o Brasil foi convidado para o G7?
O Brasil foi convidado como país estratégico nas discussões sobre segurança energética, clima e desenvolvimento sustentável, além de ser anfitrião da COP30.
Qual a relação entre o G7 e a COP30?
O G7 discute temas como segurança energética e transição climática, que estarão no centro dos debates da COP30, marcada para novembro em Belém.
O que o Brasil busca no G7?
Fortalecer parcerias, atrair investimentos verdes, consolidar seu papel de liderança na transição energética e garantir apoio internacional à COP30.