Entidades de direitos humanos visitam litoral de SP em meio à operação

São Paulo — Diversas entidades de defesa dos direitos humanos visitam a Baixada Santista, no litoral de São Paulo, neste domingo (3/3), para ouvir moradores de comunidades onde é desencadeada a Operação Verão, da Polícia Militar.

A operação teve 39 pessoas mortas em supostos confrontos com a PM desde o dia 3 de fevereiro, após o assassinato do soldado Samuel Wesley Cosmo, que completa um mês neste sábado (2/3).

Desde o início, a ação policial tem sofrido críticas e é alvo de denúncias por violação de direitos humanos e até execuções sumárias. Na última visita à Baixada Santista, em 11 de fevereiro, a comitiva colheu depoimentos de familiares das pessoas mortas e de moradores das comunidades que são alvos da operação. Na segunda-feira (26/2), um relatório foi entregue ao procurador-geral de Justiça, Mario Sarrubbo.

A visita deste domingo contará com o ouvidor da Polícia, professor Claudio Silva, além de diversas entidades de defesa de direitos humanos.

Sempre que questionada sobre a operação, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) afirma que os casos de morte decorrente de intervenção policial (mdip) são consequência direta da reação violenta de criminosos à ação da polícia no combate ao crime organizado, “que tem presença na Baixada Santista e já vitimou três policiais militares desde 26 de janeiro”. “A opção pelo confronto é sempre do suspeito, colocando em risco a vida do policial e da população”, diz, em nota.

A SSP diz que as forças de segurança do estado são instituições legalistas que atuam no estrito cumprimento do seu dever constitucional, e suas corregedorias estão à disposição para o recebimento de denúncias.

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