China prepara lançamento de sonda ao lado afastado da Lua

Mais uma sonda vai ao nosso satélite natural em breve. Nos próximos dias, a China planeja lançar sua missão Chang’e 6 rumo ao lado afastado da Lua, que é aquele que não pode ser visto por nós na Terra. Este promete ser um dos projetos chineses com a maior complexidade técnica já vista.

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O horário do lançamento ainda não foi confirmado pelas autoridades da China, mas os alertas de navegação indicam que deve acontecer durante a manhã de sexta (3). Quando for lançada, a Chang’e 6 vai tentar pousar na região nordeste da Bacia do Polo Sul-Aitken, a cratera de impacto mais antiga do Sistema Solar.

Como a atividade vulcânica ali é inexistente, o lado afastado lunar tem mais crateras livres de antigos fluxos de lava, o que significa que materiais da formação lunar primordial estão mais preservados.


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Se tudo correr bem, a sonda vai coletar cerca de 2 kg de amostras de rochas e solo do lado afastado lunar. Como a região não fica voltada diretamente para a Terra, a Chang’e 6 vai precisar do Queqiao-2, um satélite de retransmissão durante sua jornada.

O satélite vai ser usado para apoio às missões Chang’e 7 e 8, com lançamento previsto para 2026 e 2028, respectivamente. Estas, por sua vez, vão ajudar o país a procurar água no polo sul lunar, onde a China planeja construir uma estação de pesquisa com a Rússia.

Bacia do Polo Sul-Aitken, o local de pouso da Chang’e 6, aparece indicado pelo pontilhado preto; a zona de pouso aparece em vermelho (Imagem: Reprodução/CNSA)

Além disso, a sonda vai tentar decolar da superfície lunar antes de iniciar a jornada para casa — o procedimento é desafiador, pois nunca foi feito antes. A bordo da Chang’e 6, vão estar cargas úteis da França, Itália, Suécia e Paquistão. 

“Se for bem-sucedida, a missão Chang’e-6 vai ser um marco histórico”, disse Leonard David, jornalista espacial e autor de Moon Rush: The New Space Race. “O alcance robótico ao lado afastado da Lua e o retorno dos espécimes à Terra ajudam a preencher as lacunas sobre a origem ainda obscura da nossa Lua”, finalizou.

Leia a matéria no Canaltech.

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