Mancha solar causa uma das explosões mais fortes já vistas

O Sol acaba de liberar uma poderosa explosão de partículas. Na terça (30), o grupo de manchas solares AR3654 liberou grande quantidade de partículas, que causaram blecautes de rádio na região do oceano Pacífico. O fenômeno chegou ao auge às 20h46 no horário de Brasília e seus efeitos acabaram antes das 21h. 

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Segundo dados do satélite GOES-16, da NASA, a explosão foi classificada como M9.53. Isso significa que ela foi tão intensa que faltou pouco para ser considerada de classe X, categoria que inclui as explosões mais fortes de todas. 

A radiação liberada pela explosão afetou as regiões nos arredores do Pacífico, que estavam voltadas para o Sol no momento. Por isso, tripulantes em embarcações e operadores de radioamador podem ter sofrido perdas de sinal nas frequências abaixo dos 20 MHz, que devem ter permanecido por 30 minutos após o pico da explosão. 


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Desta vez, parece que os efeitos da explosão não afetaram o Brasil. No entanto, nem sempre a atividade solar passa despercebida por aqui — em março, por exemplo, uma erupção solar relativamente forte causou apagões de rádio no litoral do nosso país, bem como nas regiões nordeste e sudeste.

É comum que apagões de rádio aconteçam após erupções solares fortes. Elas liberam radiação ultravioleta e raios X, que ionizam o topo da atmosfera terrestre quando chegam aqui. Isso aumenta a densidade do ar, afetando as camadas pelas quais os sinais de rádio precisam atravessar para permitir a comunicação a grandes distâncias.

Além disso, as ondas de rádio que interagem com os elétrons nas camadas ionizadas da Terra colidem com mais frequência e perdem energia. Por isso, os sinais de rádio podem acabar degradados ou até completamente absorvidos pela atmosfera.

Estes e outros eventos no Sol são acompanhados atentamente pelos cientistas. Nosso astro está chegando ao máximo solar, nome dado ao período de maior atividade em seu ciclo de 11 anos. É importante acompanhar tais fenômenos, já que tempestades solares fortes podem afetar satélites, espaçonaves e até tecnologias em solo.

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