Os animais são muito mais inteligentes do que imaginamos, e o caso do orangotango Rakus mostra isso: o animal conseguiu curar a própria ferida no rosto com o uso de uma planta medicinal. O tratamento deu tão certo que o machucado cicatrizou completamente. A situação foi relatada na revista Scientific Reports na última quinta (2).
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Conforme vemos no relato, o orangotango foi visto no Parque Nacional Gunung Leuser (Indonésia) mastigando as folhas de uma planta chamada Akar Kuning (Fibraurea tinctoria) e aplicando em seu ferimento na bochecha.
O fato de que a planta não foi aplicada em nenhum outro lugar do rosto mostra que a intenção era realmente promover um tratamento.
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Sabemos que a natureza está cheia de plantas com potencial medicinal, e o reino animal já mostrou que usufrui deliberadamente do que está disponível no meio ambiente e sabe muito bem converter os recursos ao seu favor — na verdade, existem até animais que usam drogas.
No entanto, essa é oficialmente a primeira vez que a ciência tem registro de um animal aplicando medicamento deliberadamente no local da própria ferida.

Outro ponto interessante da recuperação do orangotango é que a partir do momento em que o ferimento apareceu, ele passou a ficar em repouso, ou seja: descansar por mais tempo que o normal.
O orangotango aplicou a planta por cerca de meia hora. A ferida fechou quatro dias após o tratamento e pareceu totalmente curada depois de três semanas.
Planta medicinal
A Fibraurea tinctoria é uma planta encontrada em regiões tropicais e subtropicais da África, Ásia e Austrália, conhecida por propriedades medicinais que a levam a ser pesquisada como possível aliada no tratamento para a malária, por exemplo.
Evidências também sugerem que extratos desta planta podem ter propriedades anti-inflamatórias e possuem compostos antioxidantes que podem ajudar a combater os danos causados pelos radicais livres no corpo.
A Fibraurea tinctoria também é pesquisada como possível forma de tratamento para uma variedade de condições, incluindo febre, dor, infecções e problemas de pele. Por enquanto, tudo são indícios, sugestões, o que significa que mais pesquisas são necessárias para entender completamente seus efeitos e potenciais aplicações medicinais.
Animais se medicam
Segundo a pesquisa, os orangotangos parecem recorrer com frequência às plantas medicinais, já que costumam comer plantas relacionadas a infecções parasitárias, por exemplo.
Há relatos de orangotangos mastigando assiduamente folhas da planta Dracaena cantleyi por vários minutos antes de esfregar a espuma em seus braços e pernas por mais de meia hora, mas ainda não se saber a intenção. A teoria é que a planta seja utilizada tratar dores musculares e ósseas.
No que diz respeito ao uso da Fibraurea tinctoria, os próprios autores apontam uma possibilidade: Rakus pode ter usado a substância apenas para aliviar a dor, então as propriedades antibacterianas foram apenas uma coincidência. Também pode ter sido uma forma de proteger a ferida contra moscas.
Então não se sabe ao certo o que o orangotango estava pensando quando se medicou, mas o que se sabe é que não foi a toa: a planta medicinal foi aplicada ali no ferimento com alguma intenção.
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