Malásia pode retomar buscas por avião desaparecido há 10 anos

O governo da Malásia afirmou, neste domingo (3/3), que pode renovar a busca pelo voo MH370 da Malaysia Airlines desaparecido há 10 anos, depois que uma empresa de tecnologia dos Estados Unidos propôs uma nova busca no sul do Oceano Índico, onde se acredita que o avião tenha caído.

O ministro dos Transportes, Anthony Loke, disse que a Ocean Infinity, com sede no Texas, propôs outra base “sem localização, sem taxas” para vasculhar os fundos marinhos, expandindo a partir do local onde pesquisou pela primeira vez, em 2018.

Ele detalhou que convidou a empresa para avaliar novos evidências científica para encontrar o local de descanso final do avião.

Se a evidência for legítima, o ministro afirmou que buscará a aprovação do gabinete para assinar um novo contrato com a Ocean Infinity para retomar a busca.

“O governo está firme na nossa determinação de localizar o MH370”, disse Loke no evento em memória do 10º aniversário do desaparecimento do avião. “Realmente esperamos que a busca possa encontrar o avião e fornecer a verdade aos parentes mais próximos”.

Avião desaparecido

O avião Boeing 777 transportava 239 pessoas, a maioria cidadãos chineses, da capital da Malásia, Kuala Lumpur, para Pequim, quando desapareceu do radar pouco depois de decolar, em 8 de março de 2014.

Dados de satélite mostraram que o avião se desviou de sua trajetória de voo e acredita-se que caiu no sul do Oceano Índico.

Desde então, as buscas foram intensificadas em uma ampla área do oceano Índico, se tornando a pesquisa mais cara em toda a história da aviação – totalizando US$ 150 milhões.

Uma pesquisa privada realizada em 2018 pela Ocean Infinity também não encontrou nada, mas a tragédia desencadeou medidas para reforçar a segurança da aviação.

KS Nathan, membro do grupo Voice MH370 composto por parentes mais próximos, disse que a Ocean Infinity planejou inicialmente uma nova busca no ano passado, mas foi adiada pela entrega de sua nova frota de navios e ativos. Agora está no caminho certo para retomar a caça, disse ele.

Loke se recusou a revelar a taxa proposta pela Ocean Infinity caso encontre o avião, pois isso está sujeito a negociação. Ele disse que o custo financeiro não é um problema e que não prevê impedimentos para que a busca prossiga se tudo correr bem.

 

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