O secretário de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, Marcos Pinto, defendeu, nesta terça-feira (7/5), menos subsídios na conta de energia para reduzir o custo pago no país. “Essa é uma questão que me preocupa muito”, disse Marcos Pinto em reunião-almoço da Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE), em Brasília.
Segundo ele, hoje cerca de 13% da conta de custo paga para um consumidor de um mercado nativo se deve aos subsídios, que são dados a produtores ou alguns consumidores. “A gente podia ter uma conta 13% mais barata se não fossem esses subsídios”, afirmou.
Ele disse que a política foi “acertada” em determinado momento. “Por exemplo, a gente subsidiou energia eólica, energia solar, pequenas centrais elétricas, no momento em que essa energia era mais cara do que a energia então disponível. Então, o subsídio foi importante para que essas fontes se desenvolvessem, mas hoje a situação já se alterou. Hoje, as fontes renováveis, por exemplo, são mais baratas que as demais fontes”, explicou.
Marcos Pinto defendeu: “A gente precisa repensar todo esse mecanismo de subsídios para que ele seja direcionado na medida do necessário para quem precisa, porque o resultado disso é que não existe almoço grátis. Esse subsídio está sendo gerado para algumas empresas e quem está pagando a conta é o consumidor na conta de energia geral”.
Segundo ele, os especialistas do setor elétrico têm alertado que está se gerando “uma espiral da morte” no setor de energia. Isso porque o preço sobe e aumenta a inadimplência, gerando um ciclo vicioso.
O auxiliar do ministro Fernando Haddad ainda defendeu que, em algum momento, governo e parlamentares sentem à mesa para discutir o assunto. Ele ainda afirmou que recentemente o assunto foi discutido com o presidente Lula (PT), especialistas, a equipe econômica e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
“Foi muito produtiva, e a gente espera ter medidas relevantes para apresentar para a população”, adiantou, sem dar mais detalhes.