Léo Santana: ‘Quis ser músico, barbeiro, vender frango assado na praia, fazer capeta’

O Carnaval passou com “Perna Bamba”, feat. de Léo Santana com Parangolé, entre as músicas mais tocadas da folia –tanto que encabeçou o Billboard Brasil Hot 100. Mas Léo, que fez 15 shows em sete dias, separou apenas um pequeno período de férias. Na volta, vai trabalhar na divulgação do projeto “PaGGodin” –gravado no meio de dezembro, com participações especiais de nomes como Ferrugem, Xande de Pilares e Thiaguinho que, segundo ele, foi o grande incentivador do novo trabalho. “Ele me apoiou demais.”

O amor pelo pagode, segundo Léo, vem da infância. “Eu já fazia parte de alguns grupos, quando tinha meus 13, 14 anos. Mas era tudo ao mesmo tempo. Eu queria ser músico, barbeiro, vender frango assado na praia, fazer capeta [drink com bebida destilada e fruta]”, diverte-se.

Ele, como possivelmente todo brasileiro vivo no início dos anos 2000, lembra do Revelação como uma das principais referências do gênero. Cantarola “eu te quero só para mim” e “deixa acontecer naturalmente”, claramente saudoso.

“Foram tantos sucessos! Tinha Os Travessos, e o Rodriguinho com o cabelo pintado de loiro. Karametade, Katinguelê.” E dispara: “Inara, Inara, Inaraí”. Se recompõe e segue: “Então, quando eu gravei o ‘PaGGodin’ foi muito fácil, porque essa é a minha verdade. Não é algo forçado, não vou fazer porque está no hype. É algo de que eu gosto e que conheço muito”, conta Léo, que formou um repertório de clássicos e também com canções autorais.

“Estou empolgadaço com o projeto, não paro de ouvir. Na gravação, eu parecia um pinto no lixo, tamanha a minha felicidade”, ri.

Léo e Elas vem aí

Mas nem só de pagode vive um homem 99,9% do tempo ativo. E Léo, claro, já tem outro projeto engatilhado: “Léo e Elas”, que será gravado em março. “O nome já diz tudo, né? Vou cantar só com mulheres. Amigos homens não entram [risos].”
Ele conta que a ideia surgiu de forma orgânica. “Não posso dar muito spoiler, mas Simone Mendes já está confirmada. Há tempos a gente vinha falando sobre gravar juntos, dividir o palco. Ela está vivendo um momento muito abençoado, está mais presente, mais leve. E, além dela, teremos muitas outras mulheres cantando um repertório com gêneros bem variados, sempre misturados ao pagodão, que é o que eu faço.”

Léo lamenta a velocidade acelerada que os cantores tiveram que assumir na era digital. “Costumo dizer que sou um artista de rua, de pulsação, para cima. Vendo ingresso, tenho o boca a boca do meu público que me faz ser o Léo Santana. Nos meus shows, tem todo tipo de gente, de toda idade, e me sinto feliz e honrado por isso. É muito diferente você me ouvir na plataforma de música e me assistir ao vivo. Então, acabo não sendo tão refém dessa era digital, mas, claro, trabalho para manter bons números nas redes sociais, porque tenho que acompanhar o mercado.”

 

 

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