A investigação da Polícia Federal (PF) sobre a tentativa de aplicar um golpe de Estado para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder e invalidar as eleições de 2022, vencidas por Luiz Inácio Lula da Silva (PT), está “em via de conclusão”, segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR). As informações são do blog de Andréia Sadi, do g1.
A declaração da PGR encontra-se na decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que determinou a soltura do coronel do Exército Marcelo Câmara, ex-assessor de Bolsonaro, na noite dessa quinta-feira (16/5).
Como condição para a liberdade, Câmara terá que usar uma tornozeleira eletrônica. Ele também não poderá deixar Brasília e precisará se apresentar ao Juízo da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal toda semana.
Ao Metrópoles, o advogado do militar, Eduardo Kuntz, chamou a soltura de “pequeno grande passo para demonstrar a desnecessidade de sua prisão”.
No documento, Moraes cita o entendimento da PGR de que a prisão do ex-assessor de Bolsonaro se mostrava adequada quando ocorreu, mas que poderia ser revista por causa do andamento das investigações.
“Os depoimentos dos principais alvos foram colhidos e a investigação encontra-se em via de conclusão, o que reduz a possibilidade de interferências indevidas na persecução penal”, diz a PGR.
Marcelo Câmara
Marcelo Câmara foi preso em 8 de fevereiro na operação Tempus Veritatis, da Polícia Federal (PF), que investiga a tentativa de aplicar um golpe de Estado durante o governo Bolsonaro e invalidar as eleições de 2022, vencidas por Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O coronel deixou a prisão nessa quinta-feira (16/5), após cumprir os procedimentos finais para a saída da cadeia no Setor Militar Urbano.
Câmara é suspeito de participar de “monitoramento do itinerário, deslocamento e localização do Ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes e de possíveis outras autoridades da República com objetivo de captura e detenção quando da assinatura do decreto de Golpe de Estado”.