Dengue no DF: com 20 mil novos casos, nº de infecções chega a 120 mil

O novo boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), divulgado nesta segunda-feira (4/3), registrou um aumento de mais de 20 mil casos de dengue na última semana, com 120.625 casos prováveis da doença. No boletim do dia 26/2, foram registrados 100.558 mil casos. O documento também confirmou 78 óbitos desde o início de 2023 até essa segunda-feira, além de outros 84 em confirmação.

Os casos de dengue no DF devem se estabilizar até a segunda quinzena de março, segundo Lucilene Florêncio, a secretária da SES-DF. “Isso é próprio da sazonalidade da doença. Agora estamos passando pelo máximo. Do ponto de vista epidemiológico, é prevista uma estabilização em abril e devemos vivenciar uma redução”, disse.

A incidência da doença é alta em 28 Regiões Administrativas. O ranking, em ordem pelos que mais registraram casos, é: Brazlândia, seguida por Estrutural, Varjão, Sol Nascente/Pôr do Sol, Santa Maria, Ceilândia, São Sebastião, Fercal, Sobradinho I, Gama, Arapoanga, Itapoã, Riacho Fundo I, Candangolândia, Sobradinho II, Taguatinga, Vicente Pires, Guará, Cruzeiro, Paranoá, Núcleo Bandeirante, Lago Norte, Planaltina, Samambaia, Plano Piloto, Água Quente, Riacho Fundo II, Recanto das Emas e SIA.

Os dados revelam uma distribuição desigual em relação ao perfil dos casos prováveis de dengue por sexo e grupo etário entre os residentes da capital. Observa-se que a incidência é maior no sexo feminino, com 3.870,2 casos por 100 mil habitantes. O grupo masculino tem 3443,8/100 mil habitantes. Para aqueles que tem de 20 a 29 anos, os casos são mais recorrentes, com 4245,5 por 100 mil habitantes.

Chikungunya

A febre de chikungunya foi responsável por 524 casos suspeitos notificados até a 9º Semana Epidemiológica (SE) de 2024 no DF. Entre eles, 494 são classificados como prováveis, com 98,5% (487 casos) residentes na capital federal.

A região Oeste, que engloba Ceilândia e Brazlândia, apresentou o maior número de casos prováveis, totalizando 101 casos. A próxima é a região Sudoeste (Águas Claras, Recanto das Emas, Samambaia, Taguatinga e Vicente Pires) com 58 casos prováveis, seguida pela região Sul (Gama e Santa Maria), com 34 casos.

Ao considerar a situação da doença nas regiões administrativas do DF, Ceilândia surge como a área mais afetada, com 67 casos prováveis. Taguatinga e Gama seguem, com 27 e 23 casos prováveis, respectivamente.

Zika vírus

Foram notificados 74 casos suspeitos de doença aguda pelo vírus zika no Distrito Federal, dos quais 53 são considerados prováveis. Entre eles, 51 são residentes do próprio DF. É importante ressaltar que todos os casos permanecem em investigação e, até o momento, não houve confirmação laboratorial de zika na região.

Até o presente momento, não há registro de gestantes com zika no DF. O monitoramento da ocorrência de zika em gestantes é de extrema importância devido aos potenciais riscos para a saúde da mãe e do feto.

Febre amarela

Em 2024, não foi notificado nenhum caso suspeito de febre amarela no DF.

Procure a UBS

Como a dengue é uma doença viral, o tratamento é focado no alívio dos sintomas, por meio de prescrição de antitérmicos, ingestão de líquidos e repouso. O paciente normalmente tem febre acima de 38 graus, dor no corpo e articulações, dor atrás dos olhos, mal-estar, falta de apetite, dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo.

Portanto, ao primeiro indício, é preciso procurar a UBS mais próxima. Elas são a porta de entrada no Sistema Único de Saúde (SUS) e todas estão com salas de reidratação ampliadas.

Informações da SES-DF

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