Telescópio Euclid tira novas fotos de estrelas, galáxias e muito mais

A Agência Espacial Europeia publicou nesta quinta (23) novas fotos do universo tiradas pelo telescópio espacial Euclid. Elas são ótimos exemplos dos recursos sem precedentes do novo observatório espacial, que vai ser um aliado poderoso na procura por novos planetas e nos estudos da evolução do universo.

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Estas novas fotos fazem parte do programa Observações Antecipadas de Lançamento do telescópio. De forma resumida, estas observações acompanham os primeiros dados científicos da missão, os quais foram revelados hoje, bem como 10 artigos científicos que ainda vão ser publicados.  

“As imagens e as descobertas científicas associadas são impressionantemente diversas em termos de objetos e distâncias observadas. Elas incluem uma variedade de aplicações científicas e, ainda assim, representam apenas 24 horas de observações, e dão um gostinho do que o Euclid pode fazer. Estamos ansiosos por mais seis anos de dados que estão por vir!”, comentou Valeria Pettorino, cientista de projeto do Euclid. 


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O conjunto completo de observações inclui 17 objetos astronômicos, que vão desde nuvens de gás e poeira a aglomerados galácticos distantes. Além de render belas fotos, o levantamento vai ajudar os cientistas a entender os segredos da matéria escura e o porquê de o universo ser como é hoje.  

 

Confira as novas fotos do Euclid:

Abell 2390

O telescópio observou o aglomerado de galáxias Abell 2390 e capturou mais de 50 mil galáxias ali. Além disso, o Euclid flagrou ainda uma lente gravitacional (fenômeno que ocorre quando a luz de algum objeto longe, como uma galáxia, é distorcida pela gravidade), que foi registrada como um arco grande e curvo. 

Aglomerado de galáxias Abell 2390 (Imagem: Reprodução/ESA/Euclid/Euclid Consortium/NASA, image processing by J.-C. Cuillandre (CEA Paris-Saclay), G. Anselmi)

Com as lentes gravitacionais, o Euclid pode investigar a quantidade e a distribuição da matéria escura em aglomerados galácticos. 

Messier 78

Outra foto de tirar o fôlego mostra Messier 78, um belo berçário estelar cercado por poeira interestelar. Com sua câmera especializada no infravermelho, o Euclid identificou pela primeira vez regiões de formação estelar ali. 

Berçário estelar Messier 78 (Imagem: Reprodução/ESA/Euclid/Euclid Consortium/NASA, image processing by J.-C. Cuillandre (CEA Paris-Saclay), G. Anselmi)

Os instrumentos do telescópio identificaram objetos mais massivos que Júpiter que, junto de outros ali, podem revelar as dinâmicas por trás da formação de populações de estrelas.  

NGC 6744

Ainda, o Euclid observou a galáxia NGC 6744, que está formando a maioria das estrelas no universo local. A imagem do telescópio mostra a estrutura galáctica por inteiro, bem como detalhes dela em escalas menores. 

A galáxia NGC 6744 se destaca na foto (Imagem: Reprodução/ESA/Euclid/Euclid Consortium/NASA, image processing by J.-C. Cuillandre (CEA Paris-Saclay), G. Anselmi)

Entre tais detalhes, estão faixas de poeira nos braços da galáxia. Estes dados são importantes para estudos sobre a relação do gás e poeira com a formação estelar.  

Abell 2764 

O aglomerado galáctico Abell 2764 não escapou dos “olhos” do Euclid. A imagem do aglomerado mostra centenas de galáxias em meio a um grande halo de matéria escura, acompanhadas de aglomerados mais distantes e galáxias interagindo. 

Abell 2764 é outro aglomerado galáctico observado (Imagem: Reprodução/ESA/Euclid/Euclid Consortium/NASA, image processing by J.-C. Cuillandre (CEA Paris-Saclay), G. Anselmi)

O registro capturou também a estrela V*BP-Phoenicis/HD 1973. Ela é visível no céu do hemisfério sul e fica na Via Láctea.  

Grupo Dorado

Por fim, a última imagem da nova leva de registros do telescópio traz o grupo galáctico Dorado. As galáxias ali estão passando por uma fusão, processo que gerou grandes caudas de maré e envelopes de poeira. 

Grupo de galáxias de Dourado (Imagem: Reprodução/ESA/Euclid/Euclid Consortium/NASA, image processing by J.-C. Cuillandre (CEA Paris-Saclay), G. Anselmi)

O processo é de interesse científico, pois ajuda os astrônomos a entenderem como as galáxias evoluem e contribui também para a compreensão da formação delas em halos de matéria escura. 

Leia a matéria no Canaltech.

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