O norte-americano Noland Arbaugh, de 30 anos, é o primeiro paciente da Neuralink a conviver com chip no cérebro. O implante cerebral está em operação há mais de 100 dias, e o jovem adulto sonha no que ainda poderá fazer. Entre os seus desejos, está controlar um robô da Tesla, o Optimus, com o poder da mente. Esta seria uma junção única de dois negócios de sucesso do bilionário Elon Musk.
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Com o sonho de comandar um robô com o poder da mente, Arbaugh vai mais longe do que o seu implante cerebral pode fazer hoje. No momento, ele consegue navegar na web e jogar no computador, incluindo partidas de xadrez ou mesmo uma corrida no Mario Kart, através do controle de um cursor do mouse.
“No momento, [a possibilidade do controle da mente] está apenas em um Macbook, mas eles [os cientistas da Neuralink] estão planejando mover [o controle] para outros dispositivos. Em breve, mudará para um telefone e continuaremos a partir daí [a evolução da tecnologia]”, detalha Arbaugh para a revista Wired.
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Controlar robô da Tesla com a mente
Até o momento, não há planos de desenvolver formas de controle de um robô da Tesla, através do implante cerebral de Arbaugh No entanto, ele já mencionou esse desejo em uma reunião com a equipe da Neuralink.

“Seria muito legal se eu tivesse um robô Optimus [da Tesla] para que pudesse controlá-lo”, afirma Arbaugh. O humanoide “faria basicamente tudo por mim e seria um zelador”, acrescenta.
Se for possível sonhar um pouco mais longe, o primeiro paciente da Neuralink também deseja, um dia, se conectar a um carro da Tesla. Isso o permitiria se descolar, com facilidade, para diferentes locais.
Afinal, apesar dos avanços promovidos pelo chip no cérebro, uma das grandes questões do paciente é a falta de autonomia. Por causa do acidente que causou paralisia, ele não consegue fazer a maioria das atividades sozinho, como pegar um copo. Para isso, precisa ser auxiliado.
Independência de Noland Arbaugh
Na presente momento, o chip cerebral já permite pequenas vitórias na rotina de Noland Arbaugh. “[O implante no cérebro] me tornou mais independente e isso ajuda não só a mim, mas a todos que estão ao meu redor. Me faz sentir menos desamparado e menos [como se fosse] um fardo”, pontua. “Acredito que o que a maioria dos tetraplégicos deseja é a independência”, pontua.
Em busca dessa maior autonomia, o paciente topou ser o primeiro voluntário em um estudo experimental, sem nenhuma garantia dos resultados. Anteriormente, apenas testes em animais foram realizados.
Redefining the boundaries of human capability requires pioneers.
If you have quadriplegia and want to explore new ways of controlling your computer, we invite you to participate in our clinical trial. pic.twitter.com/svqfAkVV1M
— Neuralink (@neuralink) May 16, 2024
“Eu não sabia se queria ser o primeiro a colocar isso na cabeça caso algo desse errado com o implante. E se ele quebrar ou parar de funcionar e eu só ficar com ele por um dia, uma semana? Achei que talvez outra pessoa devesse entender primeiro, e eu conseguirei a versão melhor”, comenta.
Falha no implante cerebral
Recentemente, a equipe da Neuralink detectou o primeiro problema envolvendo o chip no cérebro: a retração de alguns fios do implante, o que reduziu a capacidade de controle do paciente em relação ao cursor do mouse.
Após duas semanas de “defeito”, foi possível ajustar o sistema para que ele conseguisse detectar a atividade cerebral, mesmo com menos eletrodos em operação. Aparentemente, isso tem funcionado. Há denúncias de que isso era uma complicação potencialmente conhecida.
Independente das denúncias, a Neuralink já recebeu autorização para instalar o segundo chip no cérebro de outro voluntário, avançando nos testes clínicos. Ainda é cedo para saber para onde essa tecnologia levará as pessoas.
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