Recorde de 5,3 m do nível do Guaíba na enchente deve ser confirmado

Com as chuvas e tempestades que afetam o Rio Grande do Sul desde o começo do mês, as enchentes e os alagamentos ainda não cessaram em muitos locais. Nesta sexta-feira (24), a situação segue crítica. Diante do enorme volume de água, os equipamentos de medição podem não ter identificado o nível exato do lago Guaíba, em Porto Alegre. Por isso, o recorde de 5,35 m ainda precisará ser confirmado em estudos posteriores.

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Antes das atuais inundações que atingem Porto Alegre, a maior cheia na história do Guaíba foi a registrada no ano de 1941, alcançando a marca de 4,76 m. Com a possível imprevisão dos equipamentos, a empresa de meteorologia MetSul defende a revisão dos dados recordes obtidos no dia 5 de maio.

“Deixaremos de considerar a cota de 5,35 metros como o máximo desta cheia, preferindo aguardar estudos técnicos posteriores sobre qual foi o real e exato pico da cheia de maio de 2024”, afirmou a MetSul, em postagem no X (antigo Twitter).


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Nível da água no Guaíba

As divergências nas medições apontadas pela MetSul foram observadas a partir da régua eletrônica emergencialmente instalada pelas autoridades, após danos na régua do cais Mauá C6. 

Para entender, o sensor original parou de funcionar no dia 2 de maio, às 23h, quando novos equipamentos foram instalados em meio à rápida elevação dos níveis do Guaíba. 

Entre os exemplos de desencontro de informações, está o episódio que ocorreu na quinta-feira (23). Nesse dia, foi possível observar que o nível não estava perto dos 4 m, como indicado pela régua eletrônica. 

Nível máximo da cheia do Guaíba ainda deve ser confirmado, durante as enchentes no Rio Grande do Sul (Imagem: Flickr/Governo do Rio Grande do Sul/Gustavo Mansur)

Segundo a MetSul, o valor real estava “pouco acima da cota de transbordamento”, que é de 3 m. “Medições com trena no piso do cais confirmam valores pouco acima da cota de transbordamento”, acrescenta a nota.

Após detectar essa possível divergência, a equipe do MetSul tem usado outra estação para acompanhar o nível do Guaíba. Agora, são usadas as medições da régua eletrônica da empresa TideSat, também localizada no Cais Mauá.

Novo cálculo do nível?

“Os referenciais e observações de nível deverão ser avaliados, revisados e consistidos cuidadosamente pelas equipes responsáveis durante o pós-evento, bem como confirmação do nível máximo da cheia”, afirma o Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em nota técnica.

“Esta possível diferença na referência de níveis, possivelmente causada por essas razões hidrodinâmicas [associados com o local de instalação da régua provisória], a rigor não afeta o resultado das previsões emitidas pelo IPH/UFRGS”, afirma o documento.

Até o momento, as enchentes que afetam o Rio Grande do Sul causaram 163 e outras 72 pessoas estão desaparecidas. Junto com as águas chegam doenças, como a leptospirose. A infecção causou o óbito de quatro pessoas.

Leia a matéria no Canaltech.

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