Índia: presos todos os suspeitos de estupro coletivo contra brasileira

Todos os oito suspeitos de envolvimento no estupro coletivo contra a turista brasileira Fernanda Santos, na Índia, foram presos. A informação foi confirmada nessa terça-feira (5/3) pelo superintendente da Polícia Nacional Indiana, Pitamber Singh Kherwar.

O crime ocorreu na última sexta-feira (1º/3), no distrito de Dumka, no estado de Jharkhandna, no nordeste do país. A turista, que é influenciadora digital, viajava em uma moto, acompanhada do marido, quando foi atacada por um grupo de criminosos.

O caso gerou grande repercussão. Em coletiva de imprensa, Kherwar informou que os presos serão levados a julgamento. Os homens foram presos em Dumka e levados para a delegacia de Hansdiha, próxima ao acampamento onde o crime aconteceu.

A identidade e a nacionalidade dos presos não haviam foram divulgadas até o momento.


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Pena de morte na Índia

Quem comete o crime de estupro no país pode pegar pena de morte, instituída em 2012 para casos do tipo após um dos registros mais violentos e chocantes do país.

À época, uma jovem de 23 anos morreu após ser estuprada por seis homens que a atacaram em um ônibus em Nova Déli e chegaram a violar a menina com uma haste metálica.

O jornal Times of Índia relatou que uma outra turista foi estuprada na mesma localidade em que estava a brasileira Fernanda Santos menos de 24 horas depois de Santos ter sido estuprada.

Ainda assim, os casos registrados de estupro na Índia estão bem abaixo dos índices brasileiros: em 2022, o governo indiano registrou cerca de 31.500 pessoas estupradas. Já no Brasil, no mesmo ano, foram registradas 74.930 vítimas, de acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública.

Ataque durante a noite

Fernanda e Vicente viajavam de moto em direção ao Nepal, quando decidiram acampar em Dumka. Naquele momento o casal foi atacado pelo grupo durante a noite.

Em um vídeo publicado nas redes sociais, a influenciadora relatou o que viveu, enquanto Vicente mostrou os ferimentos na cabeça e na boca.

“Fernanda está pior do que eu. Eles me bateram com o capacete várias vezes e com uma pedra na cabeça. Graças a Deus, ela estava vestindo a jaqueta [de motociclista] e isso amorteceu um pouco dos golpes”, disse ele.

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