Tensão entre Israel e Hezbollah cresce e acende alerta de guerra total

O receio de uma escalada da violência no Oriente Médio aumentou nos últimos dias com intensos bombardeios envolvendo Israel e Hezbollah. Além disso, declarações de ambos os lados acenderam um alerta sobre uma possível guerra direta entre israelenses e o grupo paramilitar apoiado pelo Irã.

Nessa quarta-feira (5/6), o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu anunciou uma operação “extremamente poderosa” contra o Líbano, de onde os ataques aumentaram nos últimos dias.

“Quem pensa que pode nos prejudicar e que ficaremos sentados com as mãos entrelaçadas cometeu um grande erro”, disse o premiê israelense.

Um dia antes, o número dois do Hezbollah, Naim Qassem, afirmou que o grupo não pretende escalar o conflito com Israel, mas não descartou uma nova frente de batalha no Oriente Médio.

“Se Israel quiser travar uma guerra total, estamos prontos para isso”, disse o vice-chefe do Hezbollah em entrevista à Al Jazeera.

Qassem ainda acrescentou que os ataques do Hezbollah contra Israel devem continuar “até que a guerra [na Faixa de Gaza] termine”.

Apoio ao Hamas

Os bombardeios entre Israel e Hezboolah aumentaram, significativamente, com ataques partido de ambos os lados desde o último fim de semana.

No norte de Israel, a ofensiva do grupo islâmico provocou uma onda de incêndios na região após o Hezbollah atacar com foguetes e drones.

Já no último sábado (1º/6), as hostilidades entre os dois lados resultou em três cidadãos brasileiros feridos após um ataque israelense em Saddikine, no sul do Líbano.

A troca de agressões, que pode resultar em um conflito de maior escala, é uma preocupação da comunidade internacional desde o início da guerra na Faixa de Gaza.

Na época, o Hezbollah foi um dos primeiros grupos a declarar apoio ao Hamas no conflito que se iniciava, e desde então declara estar em estado de guerra contra Israel.

Ambos os lados têm trocado agressões na fronteira entre Israel e Líbano, reduto do grupo paramilitar apoiado pelo Irã.

A estimativa é que cerca de 300 membros do Hezbollah e 18 soldados israelenses tenham morrido em combate desde o último dia 7 de outubro.

 

 

 

 

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