Brasil tem superávit em janeiro, mas registra déficit em 12 meses

O Brasil registrou um superávit primário no setor público consolidado de R$ 102,1 bilhões em janeiro de 2024. O saldo positivo foi superior ao alcançado no mesmo mês de 2023, que ficou em R$ 99 bilhões. Em 12 meses, porém, o setor público consolidado anotou um déficit de R$ 246 bilhões, equivalente a 2,25% do Produto Interno Bruto (PIB). O resultado foi 0,04 ponto percentual inferior ao saldo negativo registrado em 2023.

Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (7/3) pelo Banco Central (BC). As informações sobre o setor público consolidado abrangem o governo central (Previdência, Tesouro e BC), estados, municípios e estatais. Ficam fora da conta empresas dos grupos Petrobras e Eletrobras, além de bancos públicos, como o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal.

No primeiro mês de 2024, o superávit do governo central ficou em R$ 81,3 bilhões. Ele foi de R$ 22,5 bilhões nos estados e municípios. As estatais, no entanto, apresentaram déficit de R$ 1,7 bilhão.

O resultado nominal do setor público consolidado, que inclui o resultado primário e os juros nominais, foi superavitário em R$ 22,2 bilhões em janeiro. No acumulado em doze meses, o déficit nominal alcançou R$ 991,9 bilhões (9,06% do PIB), ante déficit nominal de R$967,4 bilhões (8,90% do PIB) em dezembro de 2023.

Dívidas

A Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) atingiu 60,0% do PIB (R$ 6,6 trilhões) em janeiro, reduzindo-se 0,8 ponto percentual (p.p.) do PIB no mês. De acordo com o BC, esse resultado refletiu os impactos do superávit primário (redução de 0,9 p.p.), do efeito da variação do PIB nominal (redução de 0,4 p.p.), da desvalorização cambial de 2,3% (redução de 0,3 p.p.) e dos juros nominais apropriados (aumento de 0,7 p.p.).

A Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG), que compreende o governo federal, o INSS e os governos estaduais e municipais, atingiu 75% do PIB (R$ 8,2 trilhões) em janeiro de 2024, aumento de 0,7 p.p. do PIB em relação ao mês anterior. 

Segundo o Banco Central, a evolução da dívida bruta no mês decorreu, principalmente, do efeito dos juros nominais (aumento de 0,7 p.p.), da emissão líquida de dívida (aumento de 0,4 p.p.), do efeito da desvalorização cambial (aumento de 0,1 p.p.), e da variação do PIB nominal (redução de 0,5 p.p.).

Adicionar aos favoritos o Link permanente.