Como saber se você está com Covid em 2024? Saiba os sintomas atuais

Desde o início da pandemia de Covid-19, em 2020, o coronavírus já passou por várias mutações. Por conta delas, a doença também se transformou, e os sintomas mais comuns hoje são diferentes dos registrados nos últimos anos. A tecnologia de diagnóstico também evoluiu, e atualmente é possível indicar mais consequências da infecção.

“Os sintomas mudaram porque, a partir de 2022, só existem casos de variante Ômicron — todas as outras desapareceram. E ela é uma cepa mais associada com o trato respiratório superior, ou seja, desce menos para os pulmões e fica mais no nariz, na faringe. Por isso, é uma variante mais transmissível”, explica o virologista José Eduardo Levi, da Rede Dasa.

O especialista afirma que a Ômicron tem uma mortalidade menor, mas ainda razoável, e reforça a importância de se vacinar contra a Covid-19. “Quando o coronavírus entra em contato com a gente, temos uma reação imunológica pronta. Infelizmente, ela ainda não é capaz de evitar a infecção, porque o vírus vai se mutando e sendo capaz de driblar o sistema imune a ponto de conseguir nos infectar e se replicar no nosso corpo. Mas hoje, com a vacina, temos uma resposta muito mais pronta”, conta Levi.

Os sintomas mais comuns ainda são os parecidos com a gripe ou resfriado. A única maneira de diferenciá-los com certeza é a partir do teste — no caso positivo, é importante respeitar o isolamento para evitar a propagação do vírus.

  • Febre baixa ou calafrios;
  • Tosse geralmente seca e persistente;
  • Espirros;
  • Cansaço;
  • Dor de garganta;
  • Dores de cabeça;
  • Dores musculares em todo o corpo;
  • Coriza;
  • Náusea/vômito;
  • Diarreia.

O teste deve ser feito nos primeiros três a cinco dias desde o início dos sintomas — é nesse momento que a carga viral está mais alta. Atualmente, os sintomas da Covid-19 aparecem mais cedo, uma vez que quantidades menores de vírus já provocam os sinais da doença.

“A gente pega uma carga viral mais baixa, faz o exame no começo dos sintomas e, por isso, os testes têm pior performance. A taxa de falso negativo é muito alta”, explica Levi.

Para evitar o desenvolvimento da Covid-19 em um quadro grave, é essencial estar com a vacina em dia. A imunização também protege a comunidade como um todo, incluindo indivíduos que não podem receber a injeção.

Em janeiro de 2024, o Ministério da Saúde deu início a uma nova fase do plano de vacinação contra a Covid-19, com reforço anual ou semestral para os grupos de risco. Qualquer pessoa que ainda não tenha completado o calendário vacinal, ou ainda não deu início ao ciclo de imunização, pode procurar um centro de saúde para tomar as doses.


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Quanto tempo de isolamento para Covid?

As recomendações atuais da Organização Mundial da Saúde (OMS) quanto ao coronavírus foram estabelecidas em janeiro de 2023. No documento, a agência internacional de promoção à saúde encurtou o período de isolamento que havia estabelecido na fase inicial da pandemia.

Os pacientes com sintomas e teste positivo deveriam guardar isolamento de 10 dias. Pessoas sem sintomas e teste positivo devem permanecer 5 dias em isolamento e, caso façam um segundo exame com resultado negativo, podem retornar às atividades imediatamente.

Já no Brasil, as recomendações atuais do Ministério da Saúde são de 2022. Para casos leves e moderados, a pessoa infectada pode voltar à vida cotidiana a partir do sétimo dia, caso não apresente mais febre ou sintomas respiratórios.

Outra possibilidade é realizar um teste no quinto dia e, em caso de resultado negativo, o paciente está liberado para deixar o isolamento. Se os sintomas persistirem, é necessário completar dez dias de isolamento desde o início deles.

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