Mulheres históricas: conheça 5 mulheres que marcaram a ciência

A história da ciência é marcada por mulheres que fizeram grandes contribuições, como Marie Curie, Ada Lovelace e outras. Mas, muitas vezes, suas descobertas ficam esquecidas por motivos diversos, muito relacionados à época em que a exclusão as impedia de estudarem ou seguir carreiras nestas áreas.

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Além da exclusão, houve também casos em que aquelas que fizeram descobertas e invenções significativas não foram reconhecidas — e, para completar, seus trabalhos acabaram creditados a homens.

Pensando nisso, o Canaltech destacou a história de algumas destas pioneiras, que fizeram grandes contribuições para as áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática.


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5 mulheres que fizeram história na ciência

Abaixo, saiba mais sobre o trabalho de Ada Lovelace, Marie Curie e outras pioneiras da ciência: 

1. Hipácia de Alexandria

Nada mais justo do que começar esta publicação destacando as contribuições daquela que se tornou a primeira cientista da história. Estamos falando de Hipácia (ou Hipátia) de Alexandria, neoplantonista grega e filósofa do Egito Romano. Ela viveu entre 355 e 415 d.C. e foi chefe da escola platônica de Alexandria, onde ensinou filosofia e astronomia.

Hipácia de Alexandria é considerada a primeira cientista da história (Imagem: Domínio público)

Além disso, Hipácia escreveu vários textos sobre geometria e álgebra. Enquanto lecionou na Academia de Alexandria, ela ficou conhecida por suas habilidades de solução de problemas matemáticos — Hipácia se envolveu tanto com sua área de atuação que, quando questionada sobre o porquê de nunca ter se casado com um homem, dizia que era “casada com a verdade”.

Quer mais? Pois saiba que ela está por trás de diversas invenções, como o hidrômetro (medidor volumétrico da água) aprimorado e do astrolábio (instrumento que media a altura dos astros em relação ao horizonte).

2. Ada Lovelace

Ada Lovelace entrou para a história por ter sido a primeira programadora bem antes de os computadores terem sido criados: ela escreveu o primeiro algoritmo para ser processado por uma máquina.

Suas anotações sobre a máquina analítica de Charles Babbage (um antecessor dos computadores) mostram que  ela não só ampliou a compreensão do funcionamento destes equipamentos como também trouxe conceitos gerais de programação, que foram essenciais para o trabalho de Alan Turing e outros cientistas. 

Ada Lovelace, mulher que criou o primeiro algoritmo para ser processado por uma máquina (Imagem: Domínio público)

Muitas das raízes do seu trabalho são encontradas em sua infância. Lovelace foi a única filha legítima do poeta Lord Byron e da baronesa Byron, sua esposa, que buscou promover o interesse em matemática e lógica na filha.

Ela teve aulas com Augustus De Morgan, o primeiro professor de matemática da Universidade de Londres, e participou do projeto do engenheiro e matemático Charles Babbage sobre a Máquina Analítica, a primeira que pôde ser programada para executar qualquer tipo de comando.

3. Marie Curie

É impossível falar sobre mulheres pioneiras na ciência sem destacar Marie Curie e suas contribuições sobre a radioatividade. Nascida em 1867 em Varsóvia, a iniciação científica da polonesa Marie Skłodowska Curie começou na Universidade de Sorbonne, em sua cidade natal, quando tinha apenas 24 anos — ela não pôde frequentar a Universidade de Varsóvia, como seu irmão, porque a instituição proibia o ingresso de mulheres.

Marie Curie recebeu dois prêmios Nobel (Imagem: Domínio público)

Ela passou a estudar a radiação em sais de urânio em 1886, e depois, com Pierre, seu marido, seguiu analisando materiais radioativos. Foi assim que eles descobriram o plutônio, 400 vezes mais radioativo que o urânio. Suas pesquisas sobre a radiação lhe proporcionaram em 1903 o Prêmio Nobel de Física, o primeiro dado a uma mulher. 

Já em 1911, suas descobertas sobre os elementos radioativos e estudos sobre seus compostos lhe renderam o Nobel de Química,tornando-a a primeira mulher a receber dois prêmios Nobel. Curie morreu em 1934, aos 66 anos de idade, devido a uma leucemia causada pela exposição à radiação sem proteções adequadas. 

4. Margaret Hamilton

Foi em 1969 que os primeiros humanos foram à Lua, durante a missão Apollo 11. Muito da vitória dos norte-americanos sobre os rivais da União Soviética na corrida espacial se deve ao trabalho da equipe da cientista da computação e engenheira de software Margaret Hamilton, que criou o programa de voo da missão. 

Hamilton ao lado dos códigos escritos para o programa Apollo (Imagem: Reprodução/NASA)

Hamilton e seus colegas foram responsáveis pela criação de manutenção do software de bordo, necessário para evitar que a espaçonave viajasse ao redor da Lua e, claro, conseguisse pousar. O software era tão robusto que permitiu o sucesso da missão em um momento crítico: quando faltavam só três minutos para o pouso, os alarmes do módulo lunar tocaram. 

Naquele momento, as atividades do radar de aproximação sobrecarregaram o computador de bordo. Felizmente, o software criado por Hamilton fez o sistema priorizar as atividades essenciais e interromper as de menor importância, de modo que continuou funcionando. 

5. Rosalind Franklin

A química britânica Rosalind Franklin foi pioneira em pesquisas de biologia molecular. Ela nasceu em 1920, e em 1942, levou seus conhecimentos em física e química para London Coal, onde estudou as propriedades do carbono e desenvolveu a base para sua tese de pós-doutorado. Em 1950, suas pesquisas indicaram que o DNA tinha duas estruturas.

Rosalind Franklin fez descobertas sobre a estrutura da molécula do DNA, mas seu trabalho rendeu o Nobel a outros cientistas (Imagem: Reprodução/Vittorio Luzzati/CSHL/CC)

Entretanto, suas observações e anotações sobre a estrutura da molécula do DNA foram usadas pelos bioquímicos James Dewey Watson, Francis Crick e Maurice Wilkins para confirmar que, de fato, a molécula tinha estrutura dupla. Graças ao trabalho de Rosalind, eles receberam o prêmio Nobel de Fisiologia em 1962. 

Ela morreu aos 37 anos devido a um câncer. Watson sugeriu que Rosalind recebesse o Nobel de Química, mas o comitê do prêmio recusou a proposta por não aceitar nomeações póstumas. 

Leia a matéria no Canaltech.

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