Dores de cabeça, ouvido e dificuldade para abrir a boca podem ser sinais de disfunção de ATM

 

Dores de cabeça e de ouvido, zumbidos, incômodos ou estalos para abrir ou fechar a boca são alguns dos sintomas que podem indicar problemas na ATM, articulação temporomandibular que controla o movimento da mandíbula e liga o maxilar ao crânio. A disfunção no funcionamento dessa articulação, uma das mais complexas do corpo humano, afeta cerca de 30% da população mundial e ocorre tanto por questões físicas relacionadas à arcada dentária, como por fatores emocionais ligados a estresse e ansiedade.

Especialista em tratamentos para disfunção de ATM, o cirurgião bucomaxilofacial Mark Jon Santana, explica que a patologia apresenta diversos sintomas, sendo mais comuns dores de ouvido, zumbidos, sensação de ouvido tapado, dificuldade para abrir e fechar a boca, além da presença de estalidos ou crepitação. Esses sinais são facilmente confundidos com problema de ouvido e enxaquecas, o que dificulta a situação do paciente no momento em que ele vai buscar tratamento.

“Como a ATM ficar muito próxima ao ouvido, é rotineiro que o primeiro profissional da saúde a ser procurado é o otorrinolaringologista. Muitas vezes as pessoas confundem as dores, estalos e zumbidos com problemas no ouvido. Outras vezes, as dores na região lateral da cabeça, que são dores musculares, são confundidas com as enxaquecas, onde o profissional procurado é o neurologista. A partir desses sinais e sintomas, através dos exames, esses profissionais notam que não existe problemas associados às suas especialidades e encaminham os pacientes aos cirurgiões especialistas em disfunção de ATM”, detalha.

De acordo com o cirurgião bucomaxilofacial, a disfunção de ATM (DTM) acomete, principalmente, mulheres a partir dos 40 anos de idade, porém, com o passar do tempo, estudos têm registrado uma incidência maior em pacientes cada vez mais jovens e de ambos os gêneros. “As causas são diversas e vão desde problemas de saúde sistêmica, como artrose ou artrites generalizadas, até tumores. Porém, a maior parte da população é afetada pelos hábitos de ‘apertamento’ dentário durante o sono e/ou acordado, hábito potencializado com a presença de ansiedade e/ou depressão, o que também provoca a DTM”, aponta o especialista.

Diagnóstico e tratamento

O Mark Jon explica que investigação da disfunção requer uma avaliação cuidadosa. “O diagnóstico é feito em conjunto com o exame físico através da palpação da articulação, de toda cadeia de músculos mastigatórios durante as funções de abertura e fechamento da boca, além da condição dentária e encaixe dos dentes, realizado pelo profissional no consultório, em conjunto com exames de imagem como radiografias, tomografia computadorizada e ressonância magnética.

O tratamento deve ser individualizado para cada paciente e pode envolver profissionais como fisioterapeuta, psicólogo, dentista, psiquiatra, endocrinologista, ginecologista e cirurgião bucomaxilofacial. “Podemos indicar desde a simples mudança de hábitos, uso de dispositivos como placas removíveis nos dentes para evitar o apertamento, até o tratamento cirúrgico”, acrescenta o cirurgião bucomaxilofacial.

Relação com a fibromialgia

Diversos artigos científicos publicados recentemente têm apontado também uma correlação entre disfunção de ATM e fibromialgia. Os dados indicados que, pelo menos 70% dos pacientes com dor crônica, têm sintomas de disfunção de ATM.

“Uma parcela significativa das dores associadas à ATM é de origem muscular, condição essa que é potencializada quando o paciente possui o diagnóstico de fibromialgia. Principalmente dores musculares na região lateral da cabeça, próxima às bochechas, na região da nuca e ao tentar se alimentar, principalmente, quando os alimentos são mais duros. O controle das dores musculares no paciente com fibromialgia é bem mais complexo, sendo necessária, na maioria das vezes, uma associação entre remoção dos hábitos e tratamento medicamentoso”, diz o Mark.

Sobre Mark Jon

Graduado em odontologia pela Universidade Federal de Sergipe (UFS), o Dr. Mark Jon Santana Sabey é especialista em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial pelo Colégio Brasileiro de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial (CTBMF) e também em Implantodontia pela Universidade Cruzeiro do Sul.

É mestre em clínica odontológica pela UFS, professor de Cirurgia Oral da Faculdade Ages e cirurgião bucomaxilofacial nos hospitais Unimed e Primavera e no Centro de Especialidades Odontológicas de Nossa Senhora do Socorro.

Também integra o Centro de Tratamento Ortofacial (CTO), onde atua em conjunto com os cirurgiões Lucas Guerzet e Breno Barbosa, na realização de diversos procedimentos, em especial, cirurgias ortognáticas e artroscopia da articulação temporomandibular (ATM).

Fonte: Assessoria de Imprensa

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