O céu não é o limite! | Máximo solar, primeiras estrelas, aliens e+

Na última semana, acompanhamos descobertas que vão desde nosso Sistema Solar, com estudos sobre o Sol e luas, até os confis do cosmos, com vislumbre das primeiras estrelas que surgiram no universo.

Confira as principais notícias astronômicas em nosso resumo semanal e fique por dentro.

O máximo solar 

É possível que já estejamos no período de máximo solar, mas só saberemos quando o período acabar. Especialistas observaram um aumento na atividade de nossa estrela, porém não há meios de prever se essa atividade se intensificará ainda mais.


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Uma das erupções no Sol causadas pela atividade nas camadas atmosféricas inferiores da estrela (Imagem: Reprodução/NASA/SDO, AIA, EVE, HMI science teams)

O máximo solar é quando o Sol produz a maior quantidade de erupções dentro de um ciclo de 11 anos. Essas explosões podem resultar em ejeções de massa coronal, responsáveis pelas tempestades geomagnéticas. Dependendo da intensidade dessas atividades, nossos satélites em órbita e infraestruturas de distribuição elétrica podem ser prejudicados.

As primeiras estrelas do unvierso

Pode ser que o James Webb tenha encontrado as primeiras estrelas que se formaram no universo, denominadas População III. Os astrônomos encontraram nas imagens da galáxia galáxia GN-z11 as primeiras evidências desses objetos que, até então, existiam apenas na teoria.

Conceito artístico de uma estrela da População III (Imagem: Reprodução/NOIRLab/NSF/AURA/J. da Silva/Spaceengine)

Estrelas da População III são basicamente formadas apenas por hidrogênio e hélio, os dois primeiros elementos químicos do universo, formados após o Big Bang. O motivo é que todos os outros elementos da tabela períodica foram formados pela explosão das próprias estrelas ao longo de bilhões de anos. 

O caminhão que “trollou” cientista de Harvard

O cientista de Harvard Avi Loeb, conhecido por sua busca por evidências de que alienígenas nos visitaram em espaçonaves, pode ter sido “tapeado” por um caminhão. Ele encontrou esférulas no oceano que, supostamente, seriam fragmentos de um meteorito interestelar que caiu na Terra em 2014, mas a localização da descoberta estava errada.

Desde 2017, Avi Loeb busca provar que objetos interestelares que passaram pelo Sistema Solar são espaçonaves alienígenas (Imagem: Reprodução/Pete Linforth/Pixabay)

Loeb foi procurar o material interestelar na Papua Nova Guiné, com base em sinais de ondas sonoras que o meteoro teria produzido ao cair na Terra. Contudo, um novo estudo mostra que as ondas usadas por Loeb foram causadas por um caminhão que andava na estrada, e não por algum objeto espacial. 

As primeiras luzes do unvierso

O telescópio James Webb ajudou os cientistas a encontrar pistas sobre o início do amanhecer cósmico, isto é, a época em que a luz começou a viajar livremente pelo universo. Surpreendemente, as principais responsáveis foram as galáxias anãs, que causaram a reionização dos gases quando o cosmos era completamente escuro.

Imagens do James Webb revelaram como o unvierso se tornou transparente (Imagem: Reprodução/NASA, ESA, CSA, I. Labbe, R. Bezanson, A. Pagan)

Segundo os autores da descoberta, as primeiras estrelas e galáxias que emitiram radiação ionizante, como a ultravioleta, foram as principais agentes da reionização do hidrogênio. Isso transformou esse gás em plasma, permitindo que os fótons de luz finalmente viajassem pelo universo livremente.

As estrelas que “abortaram” seus planetas

As estrelas no aglomerado do Trapézio, na nebulosa de Órion, estão interrompendo a formação planetária em torno da estrela d203-506. O disco protoplanetário da estrela está perdendo hidrogênio devido à intensa radiação ultravioleta emitida pelas suas vizinhas quase, 100 mil vezes mais brilhantes que o Sol.

Nebulosa de Órion, onde estrelas nascem (Imagem: Reprodução/NASA, ESA, CSA/M. McCaughrean, S. Pearson)

O disco protoplanetário é onde fica o material de onde planetas, asteroides, luas e cometas se formam. Com a perda do hidrogênio, a formação de planetas grandes por lá pode nunca acontecer.

A gravidade microscópica

Cientistas conseguiram pela primeira vez medir a força gravitacional em escala microscópica, dando um passo importante rumo à descoberta de uma teoria unificadora (popularmente conhecida como Teoria de Tudo). 

Ilustração conceitual de partículas atômicas (Imagem: Reprodução/Wikimedia Commons)

A Teoria de Tudo visa unificar a Mecânica Quântica e a Teoria da Relatividade Geral de Albert Einstein. Para isso, é preciso explicar como a gravidade funciona no mundo das partículas, algo que até agora tem sido um desafio. A nova conquista ainda não é o suficiente, mas é indício de que os cientistas estão no caminho certo.

As fotos do nascimento de planetas 

Enquanto alguns planetas são abortados, muitos outros nascem com sucesso, mas é muito raro que astrônomos consigam observar esse tipo de evento. Contudo, eles conseguiram encontrar mais de 80 sistemas onde há planetas em formação.

 

As imagens revelam grande diversidade nos discos de formação planetária, com alguns possuindo braços em espiral devido à interação gravitacional com outros corpos. Outos discos possuem anéis e grandes cavidades esculpidas pela formação planetária, enquanto alguns parecem bem menos ativos.

A falta de oxigênio na lua Europa

A lua Europa, de Júpiter, é uma das grandes candidatas a mundos habitáveis, mas um novo estudo revelou que ela talvez não possua oxigênio o suficiente para manter a vida como a conhecemos.

Gelo da lua Europa em foto da sonda Juno (Imagem: Reprodução/NASA/JPL-Caltech/SwRI)

Por teoricamente possuir um oceano salgado escondido sob uma camada de gelo, os cientistas depositam esperanças de encontrar alguma forma de vida em Europa. Contudo, além de água, é preciso encontrar boas quantidades de oxigênio, o que talvez não aconteça: segundo os dados da missão Juno, cerca de 6 kg a 18 kg desse elemento são produzidos a cada segundo, sendo que as estatísticas sugeriam uma tonelada por segundo. 

Leia a matéria no Canaltech.

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