“Muito mais linda e completa”, afirma Glamour Garcia após redesignação

“Me sentindo hiper, ultra, mega gatinha”. É assim que Glamour Garcia definiu como está se sentindo quase quatro meses após passar por uma cirurgia de designação sexual. A atriz conversou com a coluna, com exclusividade, e falou sobre os desafios e a recuperação.

Durante o bate-papo, Glamour se disse satisfeita com o que viu, falou sobre a preparação para a operação, realizada em novembro do ano passado, e ainda deu dicas para quem, assim como ela, sonha em realizar o procedimento.

Veja a entrevista completa:

Como foram os primeiros três meses após a cirurgia?
Foram bem intensos, de um aprendizado pessoal muito grande. Esses três meses foram de etapas diferentes. O começo foi bem mais denso, com com muito mais necessidades. No segundo mês, senti bastante dor, tive limitações. E, do segundo pro terceiro, já foi a incorporação de algumas limitações que eu ainda tinham e ultrapassar essas limitações: andar sozinha, fazer tudo sozinha, e voltar a fazer algum tipo de exercício físico. O primeiro mês e meio foi bastante complexo, não só pela questão da dor em si, mas também porque fiquei, realmente, muito dependente das pessoas. A priori, da equipe médica que tava lá comigo, em Blumenau. Depois, quando eu vim pra Marília, bastante dependente da minha mãe, da minha família. Não só estava dependente como também passava muitos momento sozinha. Então, tive que rever muita coisa no meu psicológico, no meu mental. F foi muito importante pra minha evolução pessoal.


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Está satisfeita com o resultado? É como imaginou?
Eu estou muito satisfeita com o resultado. Estou me sentindo muito mais linda, mais completa, mais íntegra, intensa. E o resultado está muito melhor do que eu imaginava. Porque, por mais que seja uma cirurgia estética, ela vai responder fisiológica e biologicamente ao seu corpo, né? Ou seja, cada paciente desse tipo de cirurgia vai ter um um resultado diferente. Independentemente de ser o mesmo médico e a mesma equipe. Eu estou muito satisfeita, achei que ficou muito mais bonita e mais fofinha do que eu imaginava. Estou me sentindo hiper, ultra, mega gatinha.

O que significou para você fazer a operação?
Pra ser muito real com você, não sei nem o que dizer. Estou muito feliz, está sendo um momento incrível, incrível, incrível de amor, de descoberta, de interesse em mim mesma. Nossa, foi um portal místico na minha vida. Passar por esse momento não foi só a cirurgia, não foi só o pós. É tudo o que eu estou vivendo e ter essa experiência pra contar no futuro. Ter essa experiência no presente é uma delícia, estou muito feliz

Como você se preparou para essas mudanças todas, tanto físicas como psicológicas?
A preparação para esse momento foi um pouco corrida. Eu me preparei o mínimo porque na época eu estava gravando um filme, estava em set. Terminei meu último dia de gravação, dali dois dias era a cirurgia. Saí do Rio de Janeiro e fui pra Blumenau. Tentei tomar os os cuidados mais devidos possíveis em relação à alimentação, à saúde, mas o meu pré-operatório foi bem corrido devido às sete, né? Interpretei a Rogéria em um filme que estreia esse ano. Então, foi um momento de superemoção: o pré, o durante, o pós. , foram, foi um momento de superemo do pré, o durante e o pós. E estar agora revivendo tudo nesse momento de dar essa entrevista pra vocês.

Quais foram os exames pedidos pelos médicos?
Dois laudos de um psiquiatra e um psicólogo, e também fazer uma uma bateria de exames que envolviam vários tipos de exame, tanto de sangue quanto eletrocardiogramas, uma série de coisas. Nossa! Tive que fazer todos esses exames para poder seguir pra pra cirurgia.

Quais foram os principais desafios que você enfrentou no pós-operatório?
Não sei te dizer exatamente. Eu acho que a vida é um fluxo contínuo, um processo que a gente vai seguindo. Então, não consigo te dizer o que muda exatamente, mas sei que vivo um momento de muito mais autoconsciência, muito maior a autoestima e muito o autocuidado. Sem falar da alegria e felicidade que são imensuráveis.

Tem que tomar alguma medicação ou fazer algum acompanhamento específico?
No primeiro mês, tinha algumas medicações que precisava tomar, antibióticos principalmente. Agora, nesse momento, ainda existe o cuidado com a dilatação, que tem que ser feita diariamente. E não existe uma medicação pra dilatação, mas eu acabo usando um pouco ali de lidocaína, xidocaína, gel. Fora isso, não existe nenhum cuidado médico, com medicação nesse momento.

O que muda na Glamour de antes e depois da redesignação?
A Glamour, como pessoa artística depois da redesignação, está extremamente interessada em papéis mais intensos, tem projetos incríveis que vão acontecer esse ano que eu ainda vou deixar no suspense. Vou estar com tudo esse ano no teatro, no cinema e, se Deus quiser, também na televisão. E, sei lá, querendo ou não, a classe artística não é um mar de rosas. E muito menos um ninho de cobra. De alguns anos pra cá, eu estava bastante descreditada, não conseguia mais ter aquele amor. Estava um pouco sem fé na classe artística e agora não, quero voltar com tudo, me reconectar com pessoas que eu sei que vivem arte, respiram arte e, principalmente, acreditam que a arte seja um instrumento de transformação.

O namoro melhorou após a cirurgia?
Ah, com certeza. São etapas. É algo muito recente, que vem se construindo. Mas era algo muito esperado por nós. Sabendo que seria muito importante pra mim, que isso seria significativo pra minha felicidade.

Que conselho você dá para meninas que, assim como você, querem passar pela redesignação?
O primeiro de todos é: procure acompanhamento psicológico, endocrinológico e faça uma pesquisa intensa pra descobrir qual é o profissional com quem você realmente quer vivenciar esse momento. Porque não é um momento rápido, fugaz. É algo que, fora o pré, tem o pós, tem o durante. O mais importante é você se sentir acolhida pelo cirurgião que vai estar te atendendo. Acredito que a melhor coisa é, não só fazer uma pesquisa pra encontrar o profissional que lhe traga mais confiança, mas também já começar, de forma saudável e acompanhada, um processo de terapia psicológica e terapia endocrinológica.

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