Eleição em Portugal: resultados parciais indicam derrota da esquerda

Como previsto pelas pesquisas de opinião na reta final desta campanha em Portugal, é a direita quem deve vencer as eleições legislativas antecipadas, levando o país europeu a uma guinada histórica após oito anos de governo socialista. As eleições ocorrem às vésperas dos 50 anos da Revolução dos Cravos, festa nacional da luta contra a ditadura salazarista, que acontece em 25 de abril.

Os eleitores portugueses atenderam ao chamado dos diversos partidos e do presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, e compareceram às urnas em todo o país, diminuindo significativamente a gigantesca abstenção (de quase 50%) dos pleitos anteriores, de 2019 e 2022. Rebelo de Sousa chegou a afirmar nesse sábado (9/3), durante discurso em cadeia nacional de televisão, que 2024 fechava “uma era em Portugal”.

Segundo dados divulgados pelo Ministério da Administração Interna (MAI), até 16h cerca de 51,96% dos eleitores haviam votado, uma porcentagem superior à das últimas legislativas, realizadas em 30 de janeiro de 2022, quando a afluência média às urnas, à mesma hora, era estimada em 45,66%.

O comparecimento também foi superior ao total de votantes em 2022, que foi de 51,42%.

Aliança Democrática

As primeiras apurações das eleições legislativas de Portugal deste domingo (10) mostram projeções de resultados de 29% a 33% para a coligação da direita tradicional da Aliança Democrática, de 24% a 29% para o Partido Socialista (depois de oito anos de maioria absoluta no poder) e de 19% a 21% para o partido de extrema-direita Chega.

Até o fechamento desta edição, a coligação de direita Aliança Democrática (AD), liderada por Luis Montenegro, havia eleito 62 deputados. Já o Partido Socialista (PS), de Pedro Nuno Santos, elegeu 59, e o Chega, de André Ventura, 37.

As legendas Iniciativa Liberal, pequeno partido de direita, elegeu 3 deputados, o Bloco de Esquerda, de esquerda radical, 2, assim como o Livre, também com 2 cadeiras garantidas — num total de 230 da Assembleia da República de Portugal. Para obter maioria absoluta, uma coligação deve ter no mínimo 116 cadeiras.

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