Passar horas vendo memes e bobagens na internet deteriora o cérebro

A tecnologia agiliza muita coisa em nossa vida, mas pode não ser a maior aliada do cérebro. Você já ouviu falar em Brainrot? Na tradução literal, o termo se refere à “podridão cerebral”. É um estado de deterioração que pode levar à dificuldade de concentração e comunicação, altamente potencializado pelas redes sociais.

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  • Usar redes sociais pode afetar o cérebro de adolescentes

Um estudo publicado no periódico Brazilian Journal of Development já mostrou que o TikTok pode prejudicar funções do cérebro. Nesse caso, o argumento apresentado é que a rede social cria vício de recompensas no cérebro e causa desequilíbrios hormonais que reduzem a capacidade de concentração.

Enquanto isso, um estudo publicado na revista Neuroimage mostra como os vídeos curtos agem no seu cérebro: eles geram uma sensação de prazer e satisfação no organismo, ativando uma área chamada tegmental ventral (ATV), um dos principais centros de liberação da dopamina.


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O que é Brainrot?

Mas o termo Brainrot tem sido utilizado para se referir especificamente ao consumo excessivo de conteúdo fútil em redes sociais.

A ideia é a seguinte: quanto mais tempo perde assistindo à infinidade de vídeos e memes na internet, mais o cérebro se “deteriora”, ou seja — a dificuldade de concentração só faz crescer.

O termo não é exatamente novo: surgiu em 2007, mas a popularidade aumentou consideravelmente depois que pesquisadores de Boston o usaram para se referir informalmente a um transtorno chamado “uso problemático de mídia interativa”.

A “condição” se refere a quando você passa muito tempo online e muda sua consciência para o espaço online em vez do real, e passa a “filtrar tudo através das lentes do que foi postado e do que pode ser postado”.

Brainrot é um termo informal usado para falar da deterioração do cérebro fortalecida pelas redes sociais (Imagem: Freepik)

Mas se você acha que nos EUA as pessoas estão usando esse termo de maneira negativa, está enganado! Em entrevista ao The New York Times, o pediatra Michael Rich conta que muitos pacientes parecem considerar o brainrot como um distintivo de honra.

Segundo o médico, alguns até competem pelo maior tempo de tela da mesma forma que fazem por pontuações altas em videogames, e brincam sobre isso, mesmo que no fundo entendam que o uso obsessivo da internet os afeta.

Cérebro e redes sociais

Uma das maiores preocupações sobre a relação entre o cérebro e o uso do smartphone (principalmente redes sociais) é o tempo médio de atenção das pessoas. Segundo o National Center for Biotechnology Information (NCBI), esse tempo médio caiu de 12 segundos em 2000 para 8 segundos em 2013, por conta da Internet.

Outra grande preocupação nesse sentido é que o uso excessivo de redes sociais a longo prazo pode resultar em depressão. Por isso, mesmo que as pessoas estejam se referindo ao brainout de forma descontraída, pode ser um fator a se levar em consideração.

Leia a matéria no Canaltech.

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