Agravamento da síndrome metabólica aumenta risco de desenvolver câncer

Pessoas com síndrome metabólica persistente e agravada correm maior risco de desenvolver vários tipos de câncer, afirmam pesquisadores em um artigo publicado na revista Câncer, da Sociedade Americana do Câncer, nesta segunda-feira (11/3). Tratar a síndrome metabólica, por outro lado, pode reduzir esse risco, consideram os pesquisadores do Capital Medical University, na China.

Síndrome metabólica

A síndrome metabólica é uma doença endócrina caracterizada pela resistência à insulina que aumenta as chances de desenvolver doenças cardiovasculares e diabetes.

Ela pode ter diversas causas, como obesidade, sedentarismo, colesterol alto, resistência à insulina, estresse, alimentação não saudável e genética.


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Síndrome metabólica aumenta o risco de câncer

O estudo contou com a participação de 44.115 adultos com idade média de 49 anos. Eles foram categorizados em quatro estágios da síndrome metabólica: com padrão baixo-estável, moderado-baixo, moderado-alto e elevado-crescente.

Os voluntários foram acompanhados por aproximadamente dez anos. Nesse período, foram feitos 2.271 diagnósticos de câncer entre os participantes. As pessoas com padrão elevado-crescente apresentaram um risco alto de desenvolver todos os tipos de câncer, com maior destaque para o de mama, endométrio, rim, colorretal e fígado, em comparação ao grupo baixo-estável.

Os dados revelaram que, mesmo quando os grupos de padrão baixo-estável, moderado-baixo e moderado-alto foram combinados, o elevado-crescente apresentou maiores riscos de desenvolver todos os tipos de câncer.

Para o principal autor do estudo, o cientista Han-Ping Shi, a pesquisa sugere que o manejo proativo e contínuo da síndrome metabólica pode servir como uma estratégia essencial na prevenção do câncer.

“Nosso estudo pode orientar pesquisas futuras sobre os mecanismos biológicos que ligam a síndrome metabólica ao câncer, resultando potencialmente em tratamentos direcionados ou estratégias preventivas. Será necessária uma avaliação formal dessas intervenções para determinar se elas são capazes de modular o risco de câncer”, escreve Shi no artigo científico.

A síndrome metabólica não tem cura, mas pode ser controlada com mudanças no estilo de vida, com hábitos mas saudáveis para a perda de peso e controle da diabetes e o uso de meedicamentos, quando houver orientação médica.

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