Temperatura global pode subir 14ºC graças ao carbono

Com o aquecimento global atingindo um ritmo sem precedentes, o aumento da temperatura tem se tornado uma preocupação dos especialistas. Em um novo cálculo apresentado na revista científica Nature Communications, pesquisadores da Utrecht University (Países Baixos) revelam que a temperatura global pode subir até 14ºC graças ao carbono.

  • Novo cálculo diz que aquecimento global já ultrapassou 1,5 ºC
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Por meio da análise dos sedimentos do Oceano Pacífico, o grupo percebeu que a duplicação do CO2 atmosférico pode aumentar a temperatura da Terra, de modo a exceder as previsões do Intergovernmental Panel on Climate Change (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas).

“O aumento de temperatura que encontramos é muito maior do que os 2,3 a 4,5ºC que o painel climático da ONU, IPCC, vem estimando até agora”, lamentam os autores do estudo.


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Para chegar a tal descoberta, os pesquisadores usaram um núcleo de perfuração de 45 anos extraído do fundo do Oceano Pacífico.

“Percebemos que esse núcleo é muito atraente para pesquisadores, porque o fundo do oceano naquele local tem tido condições sem oxigênio por muitos milhões de anos. Como resultado, a matéria orgânica não é quebrada tão rapidamente pelos micróbios e mais carbono é preservado”, afirmam os autores.

Eles dizem, ainda, que o CO2 dos últimos 15 milhões de anos nunca foi examinado de um único local, e que os mil metros superiores do núcleo de perfuração correspondem aos últimos 18 milhões de anos.

Aumento de temperatura

Os pesquisadores conseguiram extrair uma indicação da temperatura passada da água do mar e uma indicação dos antigos níveis de CO2 atmosférico.

Os pesquisadores desenvolveram uma nova abordagem para derivar o conteúdo de CO2 atmosférico usando a composição química de duas substâncias encontradas em algas: clorofila e colesterol.

Aumento da temperatura do planeta gera preocupação (Imagem: Mikhail Nilov/Pexels)

Usando esse novo método, eles perceberam que a concentração de CO2 caiu de cerca de 650 partes por milhão, 15 milhões de anos atrás, para 280 pouco antes da revolução industrial.

Basicamente, a temperatura média há 15 milhões de anos era de mais de 18ºC, cerca de 4ºC mais quente do que hoje e aproximadamente o nível que o IPCC prevê para o ano de 2100 no cenário mais extremo.

“A pesquisa nos dá um vislumbre do que o futuro pode nos reservar se tomarmos poucas medidas para reduzir as emissões de CO2 e também implementarmos poucas inovações tecnológicas para compensar as emissões. O aviso claro desta pesquisa é: a concentração de CO2 provavelmente terá um impacto mais forte na temperatura do que estamos considerando atualmente”, concluem os pesquisadores.

Emissões de carbono

Já não é de hoje que a ONU faz apelo e reforça urgência para salvar a Terra das mudanças climáticas. Para se ter uma noção da situação, em 2023 as emissões de carbono quebraram recorde e fortaleceram o aquecimento global.

Isso sem contar com o fato de que as emissões de carbono já bateram recorde em 2022. Já em 2021, o nível de CO2 na atmosfera da Terra atinge maior pico desde o início das medições.

Leia a matéria no Canaltech.

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