Na última quarta-feira (21), um estudo publicado na revista ACS Nano — da American Chemical Society (Sociedade Química Americana) — mostrou o potencial que um medicamento usado para controlar os sintomas do Alzheimer tem de colocar o corpo em “pausa”, em uma espécie de “estado de hibernação”, em momentos de emergência.
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Para o estudo, a equipe de Harvard testou o medicamento cloridrato de donepezila em girinos, o que os colocou em um estado de dormência conhecido como torpor.
Na natureza, uma variedade de animais entra nesse estado por dias ou semanas. Como resultado, há quedas significativas na temperatura corporal e no metabolismo para preservar energia. Geralmente, isso acontece durante períodos de baixa disponibilidade de alimentos.
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Conforme comentam os pesquisadores, essa capacidade de induzir um estado de torpor em humanos pode ter benefícios do ponto de vista da medicina: na prática, os médicos podem conseguir mais tempo para salvar os pacientes.
Benefícios de uma “hibernação” humana
Como diz o estudo, resfriar o corpo de um paciente para desacelerar seus processos metabólicos tem sido usado há muito tempo em ambientes médicos para reduzir lesões e problemas de longo prazo decorrentes de condições graves, mas atualmente ainda é um procedimento muito caro, que exige uma série de recursos.
Por isso, conseguir esse efeito através de um medicamento de fácil administração poderia ser revolucionário. Os autores do estudo estimam que isso salvaria “milhões de vidas todos os anos”.

Os pesquisadores explicam que, embora o cloridrato de donepezila tenha mostrado a capacidade de suprimir a atividade metabólica em girinos, seu uso foi limitado por sua toxicidade, que apareceu após a administração por mais de duas a três horas.
Estado de torpor induzido
Os pesquisadores mencionam no estudo que esse estado de torpor induzido nos testes iniciais foram irreversíveis quando duraram mais de quatro horas.
A equipe percebeu que a droga estava se acumulando em todos os tecidos do corpo do girino, e por isso colocou a substância em uma pequena cápsula com um líquido, o que reduziu a toxicidade sem prejudicar a eficácia.
Desse jeito, os girinos puderam ficar no estado de torpor por mais tempo, de forma reversível.
A conclusão do estudo é que ainda há um longo caminho a percorrer até que o cloridrato de donepezila seja realmente usado na prática, mas já é um primeiro passo para futuras pesquisas. A longo prazo, podemos ter um meio de colocar os pacientes em estado de hibernação para ganhar mais tempo.
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