Indicado de Haddad para Petrobras já ocupou cargo na Caixa Econômica

Futuro ocupante de uma cadeira no conselho da Petrobras, indicado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o advogado pernambucano Rafael Ramalho Dubeux já esteve no conselho de administração de outra grande estatal. No entanto, a experiência foi rápida.

Em 2016, ele foi indicado pelo Ministério da Fazenda para o conselho da Caixa Econômica Federal, porém deixou o posto em 30 dias.

Entre a indicação e a saída do cargo houve a aprovação do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff pela Câmara dos Deputados, o que interrompeu a ascensão de Dubeux na administração pública. Aos 41 anos, ele também foi assessor especial do ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa.

Perfil do indicado por Haddad

Dubeux começou a construir sua fama no Poder Público durante os mandatos de Dilma Rousseff. Após a saída dela, o período mais longo foi na Casa Civil, com várias funções nas gestões dos então ministros Gleisi Hoffmann, Aloizio Mercadante e Jaques Wagner.

Com a volta do PT ao poder, o advogado está novamente em uma posição de destaque. Membro de uma tradicional família de esquerda do Recife e ex-filiado ao partido, Dubeux viajou com o irmão a Brasília em 1º de janeiro de 2003 para assistir in loco à primeira posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Antes de ingressar na AGU, ele passou no concurso para delegado da Polícia Federal, mas não chegou a assumir o posto. Em seguida, atuou como coordenador jurídico na Controladoria-Geral da União (CGU) até o início do governo Dilma, quando foi cedido para a Secretaria de Relações Institucionais, na Casa Civil.

Caçula de três irmãos, Dubeux é filho de um empresário e de uma professora universitária. Seu pai, Fernando Dubeux, foi secretário do governador de Pernambuco Miguel Arraes (1916-2005), bisavô do atual prefeito do Recife, João Campos (PSB).

Foi para a gestão de Campos – outro prodígio – que Dubeux rumou após um período de certo ostracismo nos governos de Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL).

Ainda assim, durante a gestão Temer, ele teve participação importante na construção do Marco Legal da Ciência, Tecnologia e Inovação, que estabeleceu medidas para facilitar a atividade de pesquisa e para incentivar a cooperação entre academia e empresas.

Atualmente, Dubeux representa a Fazenda no conselho do Fundo Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação.

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