Racha no PCC acelerou plano de “Degola” para resgatar Marcola no DF

Preso na tarde dessa quarta-feira (11/9), Ivan Garcia Arruda (foto em destaque), conhecido como Degola, era o responsável por executar um plano audacioso do Primeiro Comando da Capital (PCC) para resgatar Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, atualmente preso na Penitenciária Federal de Brasília (DF).

O plano envolvia a formação e o treinamento de um grupo especializado em executar a missão e, também, em promover ataques contra instalações e equipamentos das forças de segurança.

A prisão de Degola ocorre em um momento crítico para o PCC, que enfrenta disputa interna pelo poder. Desde que Marcola ascendeu à liderança máxima da organização, em 2002, a posição dele nunca havia sido tão ameaçada.

A atual crise interna na facção é a quarta desde a fundação do grupo. Agora, a liderança de Marcola é contestada por três dos antigos aliados dele: Roberto Soriano, o Tiriça; Abel Pacheco de Andrade, o Abel Vida Loka; e Wanderson Nilton de Paula Lima, o Andinho.

A disputa se agravou por um diálogo gravado entre Marcola e agentes da Penitenciária Federal de Porto Velho (RO), durante o qual Marcola fez declarações contundentes sobre Tiriça, e o chamou de “psicopata”.

Essa declaração foi usada pelos promotores no julgamento de Tiriça, que foi condenado a 31 anos de prisão em 2023 como mandante do assassinato de uma psicóloga.

Restrita

A operação, deflagrada pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) em conjunto com a Polícia Militar (PM), aponta Arrusa como o principal coordenador da ramificação do PCC conhecida como “Restrita”, responsável por orquestrar resgates das lideranças.

Durante a ação, que cumpriu oito mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Criminal de Sorocaba, foram apreendidas duas armas e munições.

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