Confiança da indústria da construção cresce dois pontos, aponta CNI

A confiança do empresário da indústria da construção cresceu em setembro de acordo com a Sondagem Indústria da Construção, divulgada nesta sexta-feira (20/9) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O indicador que mede o otimismo dos industriais do setor subiu dois pontos em relação ao mês de agosto – quando registrava 51,3 pontos – e, com isso, está mais próximo da média histórica, de 53,8 pontos.

Segundo o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, nem mesmo o aumento da Selic atrapalhou o humor dos industriais deste setor específico.

“A construção vem tendo resultados positivos por conta de mudanças no programa Minha Casa, Minha Vida, que impulsionaram as vendas e o lançamento de unidades residenciais. Há também um crescimento de obras de infraestrutura. Há também a questão da taxa de juros. Apesar do recente aumento, a Selic ainda está menor do que no ano passado e esses efeitos defasados positivos continuam impulsionando o setor da construção”, analisa.

O ICEI da Construção é composto por dois subíndices: o de Condições Atuais e o de Expectativas. O primeiro subiu de 47,4 pontos para 48,8 em setembro. Já o de Índice de Expectativas subiu 2,2 pontos e foi para 55,5.

No recorte por setor, a confiança cresceu entre os empresários de Construção de Edifícios e de Obras de Infraestrutura, mas diminuiu entre os que empreendem no segmento de serviços especializados.

A pesquisa revela, ainda, que o índice de evolução do número de empregados se estabilizou — em comparação com o mês anterior — em 50,1 pontos. Mais uma vez, o segmento de Obras de Infraestrutura se destacou positivamente. Já o de Serviços Especializados mostrou relativa estabilidade, enquanto o de Construção de Edifícios registrou queda no número de trabalhadores.

Ainda de acordo com a pesquisa, o índice de intenção de investimento caiu 0,8 ponto em setembro, de 44,7 pontos para 43,9. O indicador mede a intenção do empresário em aportar recursos na compra de máquinas e equipamentos, pesquisa e desenvolvimento, bem como inovação de produto ou de processo nos próximos seis meses. Apesar da queda, a segunda consecutiva, o índice segue relativamente elevado, pois continua acima da média histórica de 37,6 pontos.

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