A estratégia mais simples para beber menos álcool, segundo a ciência

Um estudo publicado na revista Science concluiu que o melhor modo de conscientizar as pessoas sobre os riscos do consumo excessivo de álcool é trazendo um combo de informações: como reduzir e por que é preciso reduzir. 

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Publicada em 2021, a pesquisa feita pela Universidade de Nova Gales do Sul aponta que a grande estratégia é destacar o risco elevado para câncer (e outras doenças) que a ingestão das bebidas alcoólicas propicia.

Para realizar a pesquisa, três grupos de pessoas (15.270 pessoas no total), submetidas a oito diferentes tipos de anúncio responderam a um questionário. Cada um dos anúncios trazia uma mensagem diferente: 


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  • O primeiro não apresentava nenhum alerta significativo;
  • O segundo apresentava mensagens explicando o porquê reduzir; 
  • Do terceiro ao quinto foram veiculados recados sobre como reduzir, somadas à estratégias de redução, como: contabilizar quantos copos foram ingeridos, decidir um limite e cumprir, e se permitir negar a bebida;
  • E, por fim, do sexto ao oitavo, foram exibidos, em cada um deles, os avisos do porquê reduzir somados, individualmente, a cada uma das três estratégias de redução.

Para rastrear os efeitos da propaganda antialcoólica foram realizadas as chamadas análises de intenção dos participantes em realizar mudanças no consumo.

Resultados

Apenas os participantes submetidos à combinação de propaganda televisiva e contagem de bebidas como estratégia de redução relataram a intenção de reduzir a ingestão de bebidas contendo álcool. Afinal, a maioria dos consumidores sabe que o álcool é nocivo ao organismo, mas precisam de meios para conseguir mudar de hábito. 

Exagerar na bebida está associado a uma série de danos à saúde, como morte precoce, doenças cardíacas, problemas digestivos e predisposição para o desenvolvimento de demência. 

No entanto, o estudo possui limitações, já que os participantes foram escolhidos por representarem o público consumidor de álcool da Austrália. Ou seja, em outras partes do mundo, talvez esse tipo de alerta não seja o mais efetivo.

Leia a matéria no Canaltech.

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