UFF cria cotas para pessoas trans e se torna pioneira no Rio

Niterói — A Universidade Federal Fluminense (UFF) se tornou a primeira instituição federal do Rio de Janeiro a adotar cotas para pessoas trans em seus cursos de graduação. A medida, aprovada pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão, reserva 2% das vagas de graduação para estudantes que não se identificam com o gênero designado ao nascimento, com previsão de implementação a partir de 2025.

Resumo da Notícia:

  • A UFF será a primeira universidade federal do Rio de Janeiro a reservar vagas para pessoas trans.
  • 2% das vagas de graduação serão destinadas a essa população a partir de 2025.
  • A política de ação afirmativa deve beneficiar mais de 300 estudantes no primeiro ano.
  • Outras universidades federais, como a Unifesp e a UFSB, também adotaram a política de cotas trans.
  • Além da graduação, a UFF já reserva vagas para estudantes trans em cursos de mestrado e doutorado.

UFF cria cotas para pessoas trans e avança em inclusão

A aprovação da política de cotas para pessoas trans pela UFF representa um marco na educação federal do Rio de Janeiro. A reserva de 2% das vagas para estudantes trans será aplicada a partir de 2025 e deverá impactar positivamente o ingresso dessa população no ensino superior. Estima-se que mais de 300 estudantes serão beneficiados apenas no primeiro ano da política.

De acordo com a pró-reitora de Assuntos Estudantis, Alessandra Siqueira Barreto, a aprovação foi resultado de um processo de escuta ativa e diálogo com os coletivos trans da universidade. A criação da reserva, segundo ela, é fruto do protagonismo estudantil e da cooperação com a administração da UFF.

“A UFF fez história. Foi um processo construído em conjunto com os coletivos trans, o que fortalece essa política de inclusão”, afirmou Alessandra.


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Inclusão na pós-graduação e permanência estudantil

A UFF já contava com ações afirmativas para pessoas trans em cursos de mestrado e doutorado, com 18 cursos oferecendo vagas reservadas. A partir de 2025, essa política será ampliada para todos os programas de pós-graduação. Além disso, a universidade anunciou a criação de uma banca de heteroidentificação, um processo complementar à autodeclaração, para verificar a identidade de gênero dos candidatos.

A pró-reitora Alessandra Barreto também destacou a importância da permanência estudantil para garantir que os cotistas trans tenham suporte durante a trajetória acadêmica. Segundo ela, a universidade destina 50% das bolsas acadêmicas aos alunos cotistas e manterá um acompanhamento próximo para prevenir casos de preconceito e discriminação.

“Precisamos garantir que o acolhimento seja completo, não só no ingresso, mas também durante todo o percurso acadêmico”, ressaltou a pró-reitora.

Expansão das cotas trans em outras universidades

A UFF se junta a outras universidades federais que já adotam cotas para pessoas trans, como a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e a Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), que foi pioneira ao implementar a política em 2018. Ao menos 12 instituições federais no país já aplicam essas ações afirmativas, incluindo as universidades UFABC, UFBA, UFSC e UFG.

A Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) também está em processo de debate sobre a criação de cotas para trans, enquanto a UFRJ e a Unirio ainda não anunciaram medidas semelhantes.

Perguntas frequentes sobre as cotas trans na UFF

Quando a UFF começará a aplicar as cotas para pessoas trans?
A partir de 2025, 2% das vagas de graduação serão reservadas para pessoas trans.

Quantos estudantes serão beneficiados no primeiro ano?
A estimativa é que mais de 300 estudantes trans sejam beneficiados no primeiro ano da implementação da política.

Além da graduação, as cotas trans valem para outros níveis de ensino?
Sim, a UFF já oferece vagas reservadas para estudantes trans em mestrado e doutorado, e a política será ampliada para todos os programas de pós-graduação.

Outras universidades no Brasil têm cotas para trans?
Sim, ao menos 12 universidades federais no Brasil adotam políticas de cotas trans, incluindo a Unifesp, UFSB e UFABC.


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