A conversa de Bolsonaro e Datena após a cadeirada

Candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, José Luiz Datena procurou Jair Bolsonaro para agradecer pelo vídeo em que o ex-presidente se posicionou sobre a cadeirada dada pelo apresentador em Pablo Marçal (PRTB) durante o debate da TV Cultura.

Datena e Bolsonaro se falaram rapidamente por chamada de vídeo na tarde do domingo (22/9), segundo apurou a coluna. A ligação foi intermediada por um interlocutor comum entre o apresentador e o ex-presidente da República.

Antes disso, Datena já havia enviado mensagens, por meio do mesmo interlocutor, agradecendo Bolsonaro por ter condenado a “provocação” de Marçal, classificada pelo ex-presidente como “vil” em vídeo divulgado na semana passada.

Na gravação, como noticiou a coluna, Bolsonaro chama a cadeirada dada por Datena em Marçal de “episódio lamentável” e condena tanto a atitude do candidato tucano, quanto a “provocação” do ex-coach que motivou a agressão.

“Nos últimos dias, assistimos a um episódio lamentável por ocasião de um debate em São Paulo. Dois candidatos se desentenderam, um provocou o outro no limite. O provocado, não resistindo, foi para cima do outro e deu-lhe uma cadeirada. Condeno a cadeirada e condeno a provocação também, feita de forma vil”, afirmou o ex-presidente.

Bolsonaro, no entanto, disse que o que o deixou “chocado” foi a tentativa de Marçal de comparar a cadeirada com a facada sofrida pelo ex-mandatário em Juiz de Fora (MG) durante a campanha eleitoral de 2018, quando o ex-presidente se elegeu.

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“Agora, o que me deixou chocado nesse episódio é que o elemento que levou a cadeirada, que provocou, foi para as mídias sociais e comparou aquela cadeirada ao tiro do (ex-presidente americano Donald) Trump e à facada que eu levei em setembro de 2018 lá em Juiz de Fora (MG)”, diz Bolsonaro no vídeo.

Bolsonaro e Datena sempre tiveram uma relação amistosa. Nas eleições paulistanas, porém, o ex-presidente está oficialmente apoiando a tentativa de reeleição do atual prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB), mesmo que timidamente.