Suspeita sobre Gusttavo Lima é idêntica a de caso Deolane, diz polícia

Movimentações financeiras suspeitas entre empresas do cantor Gusttavo Lima e uma suposta rede de lavagem de dinheiro de jogos de aposta ilegal são consideradas “idênticas” ao mesmo tipo de movimentação identificada em contas da influenciadora Deolane Bezerra, de acordo com a polícia.

O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) determinou a prisão preventiva de Lima e do empresário Boris Padilha nesta segunda-feira (23/9). Deolane segue presa desde 4 de setembro.

No pedido de prisão, a Polícia Civil citou movimentações consideradas suspeitas entre empresas investigadas e empresas do cantor sertanejo. Uma dessas movimentações é um pagamento de R$ 5,7 milhões para a GSA, de Gusttavo Lima, pela empresa PIX 365, que representa a Vai de Bet, por meio da facilitadora de pagamentos Zelu Brasil.

“Caso idêntico fora constatado e informado no relatório entre a investigadora Deolane e a Esportes da Sorte, por meio da Pay Brokers”, escreveu a juíza Andrea Calado na decisão judicial pela prisão de Lima, na parte em que ela descreve a investigação da Polícia Civil.

De fato, como já mostrou o Metrópoles, os investigadores consideraram suspeito o pagamento de R$ 5 milhões da facilitadora PayBrokers para Deolane. A influeciadora afirma que isso foi um pagamento de trabalho de publicidade para a Esportes da Sorte. A reportagem tenta contato com a assessoria de imprensa de Gusttavo Lima.

“Há portanto, indícios suficientes da participação dele no crime de lavagem de dinheiro que foi investigado no inquérito policial”, diz ainda a Polícia Civil de Pernambuco no pedido de prisão de Gusttavo Lima.

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Empresário de luxo

De acordo com a investigação, o empresário Boris Padilha recebeu dois empréstimos de R$ 10 milhões da empresa Esportes da Sorte e de seu dono, Darwin Filho. Para a Polícia Civil, essa movimentação é suspeita de “ocultar valores provenientes dos jogos ilegais”.

Boris se apresenta na internet como um especialista no mercado de luxo. Os policiais civis citaram no pedido de prisão que o empresário tem três Ferraris, dois Rolls-Royce e dois Bentley, o que demonstraria que ele tem alto poder econômico e não necessitaria de empréstimos

Deolane e Lima são investigados pela Polícia Civil de Pernambuco em inquérito sobre um complexo esquema de lavagem de dinheiro para as empresas Caminho da Sorte e Esportes da Sorte, que atuam com jogo do bicho e aposta esportiva, respectivamente.

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