Filipe Martins nega fuga e diz que funeral da rainha foi última viagem

Em depoimento à Polícia Federal (PF) no inquérito que investiga suposta tentativa de golpe de Estado promovida pela cúpula do governo de Jair Bolsonaro (PL), o ex-assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência Filipe Garcia Martins negou ter saído do Brasil em 30 de dezembro de 2022 — data da viagem do ex-presidente a Miami.

À PF Martins se negou a responder várias perguntas, alegando não ter tido acesso a todos os documentos que deram origem à investigação. Mas ele esclareceu a suspeita sobre ter deixado o Brasil.

O ex-assessor informou aos investigadores que as últimas viagens dele ao exterior ocorreram em setembro de 2022, quando acompanhou Bolsonaro a Londres, na Inglaterra, no funeral da rainha Elizabeth II; e a Nova York, nos Estados Unidos (EUA), na Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

Filipe Martins alegou viagem “doméstica”

Martins acrescentou que não poderia ter saído do Brasil em 30 de dezembro de 2022, uma vez que, no dia seguinte, 31 de dezembro de 2022, fez uma “viagem doméstica” de Brasília a Curitiba.

Ele disse que também teve “acesso a notícias de que estaria em países do exterior, como Estados Unidos, Israel e Argentina, mas que isso não procede, pois fixou residência junto a companheira que possui união estável (sic)”.

No depoimento, Martins alegou que não estava foragido, “pois o endereço utilizado” e provas foram apresentadas pela defesa junto ao Supremo Tribunal Federal (STF).

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