Setembro Verde: Santa Catarina é o 2º estado que mais doa órgãos no Brasil

Setembro é o mês dedicado à sensibilizar e conscientizar a população sobre a importância da doação de órgãos. Desde 2014, o Setembro Verde reforça que a doação também pode ser considerada um ato de amor e solidariedade.

Segundo dados da ABTO (Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos), Santa Catarina é o segundo estado com maior taxa de doação de órgãos, com 40,7 por milhão de população,  enquanto a taxa nacional não chega a 20 (19,5 pmp).

Santa Catarina é vice-líder no ranking de doação de órgãos no país

Santa Catarina é vice-líder no ranking de doação de órgãos no país – Foto: Divulgação/ND

No estado, a não autorização de familiares para a doação também é uma das menores do país, com 35%, enquanto que a média nacional está em 45%.

Entre janeiro e agosto de 2024, a SC Transplantes, pasta vinculada à SES (Secretaria de Estado da Saúde), registrou 504 notificações de doadores em potencial. Desses, 215 doações foram exitosas. O número equivale ao índice de 42,3 por milhão de população (pmp) no território catarinense, nos casos de morte encefálica.

Doação de órgãos é política de estado

O ato de amor e generosidade é lembrado no Dia Nacional da Doação de Órgãos, celebrado em 27 de setembro. A data reforça a importância de conversar com familiares sobre o tema, uma vez que são eles quem decidirão sobre o desejo do doador após a morte. Uma única pessoa pode salvar a vida de, pelo menos, 10 pessoas que aguardam por transplantes de órgãos e tecidos.

“A SC Transplantes é uma Política de Estado que vem, há mais de 20 anos, alcançando índices importantes e se destacando no cenário de doação e transplante no estado, no país e no mundo”, destaca o secretário de Estado da Saúde, Diogo Demarchi.

Santa Catarina já realizou, em 2024, quase 900 transplantes de órgãos, que beneficiam não só a população catarinense, mas pacientes de todas as regiões do país.

“Seguimos firme com o trabalho de educação dentro das instituições hospitalares doadoras, treinando os profissionais para que tenham máximas habilidades na hora de entrar em contato com as famílias que vão autorizar a doação de órgãos”, reforça o coordenador da SC Transplantes, Joel de Andrade.

Desde 1999, a SC Transplantes coordena e centraliza todas as ações que envolvam captação e transplante de órgãos no estado

Desde 1999, a SC Transplantes coordena e centraliza todas as ações que envolvam captação e transplante de órgãos no estado – Foto: Ricardo Trida/ SECOM/ Divulgação/ ND

Santa Catarina é referência na taxa de doações de órgãos

São 69 instituições hospitalares de Santa Catarina que integram o Sistema Estadual de Doação, fator que contribui para o estado se transformar em uma referência em taxas de doação de órgãos, no Brasil e na América Latina.

Todas as pessoas podem se tornar doadoras de órgãos e tecidos. Para isso, é preciso comunicar a família, pois ela quem autoriza o procedimento. Após o consentimento, são iniciados o planejamento da logística, os procedimentos para remoção dos órgãos, seleção dos receptores mais compatíveis e, na sequência, distribuição dos órgãos para serem transplantados.

A logística de transporte após a retirada dos órgãos é uma das etapas mais complexas do processo. Quanto mais jovens são os doadores, mais delicada é a estrutura devido ao potencial de utilização dos órgãos.

Dezenas de pessoas são mobilizadas e todo o processo pode durar até 12 horas. Órgãos como coração e o pulmão, que precisam ser transplantados rapidamente, não podem ultrapassar o tempo de quatro horas.

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