Sobe nº de mortos em chacina do bando de “novo Marcola” contra o PCC

São Paulo — Em menos de uma semana, subiu para cinco o número de mortos na guerra entre uma quadrilha de Rio Claro, chamada de Bando do Magrelo, contra o Primeiro Comando da Capital (PCC). No total, foram quatro mortes decorrentes de uma chacina, praticada em retaliação à execução de outro criminoso na véspera. As duas organizações criminosas disputam a hegemonia do narcotráfico na região.

A mais recente baixa dessa guerra foi a de Israel Henrique Francisco (foto de destaque), de 35 anos, que morreu na madrugada desta sexta-feira (29/11), após quase seis dias internado. Ele foi ferido a tiros no sábado (23/11), juntamente com outros três membros do PCC, que morreram na chacina.

Os quatro integrantes da maior facção criminosa do Brasil foram executados em uma vingança pela morte de Daniel de Paula Sobrinho, 29, o Vovô, ligado ao Bando do Magrelo, cerca de 12 horas antes da chacina. O Metrópoles apurou que, com a morte de Israel, subiu para 27 o número de vítimas de homicídio em Rio Claro, neste ano, até o momento.

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Carro com pistoleiros se aproxima, acompanhado por moto

Pistoleiros desembarcam já atirando contra alvos
Carro de pistoleiros é abandonado, com motor ligado, e batedor foge com moto
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Membros do PCC conversam em terreno, ao lado de comércio

Reprodução/Câmera Monitoramento

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Carro com pistoleiros se aproxima, acompanhado por moto

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Pistoleiros desembarcam já atirando contra alvos

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Carro de pistoleiros é abandonado, com motor ligado, e batedor foge com moto

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A reportagem obteve o registro, feito por uma câmera de monitoramento (assista abaixo), do atentado realizado por membros do Bando do Magrelo contra Gabriel Lima Cardoso, de 26 anos, Marcelo Henrique Ferreira, 27, José Cláudio Martins Nunes, 50, e Israel, quando conversavam em frente a um terreno, no bairro das Nações. Os pistoleiros tiveram apoio de um batedor, em uma moto.

Às 20h55, um Fiat Mobi branco para abruptamente em frente aos quatro membros do PCC. Do veículo, desembarcam quatro homens, já atirando. O carro é acompanhado pela moto, da qual o garupa desembarca e se une aos pistoleiros.

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Mortos com 15 tiros

Marcelo correu pela calçada e foi morto com um tiro na cabeça e outro na nuca, morrendo na rua. No meio do terreno estava o corpo de José Cláudio, com cinco tiros no peito, dois na cabeça e um na nuca.

Gabriel conseguiu ir um pouco mais longe, não por muito tempo, pulando o muro do terreno – no qual José foi morto – mas foi alcançado e executado com cinco tiros na cabeça e um no joelho direito. Ele foi encontrado em uma rua, usada pelos pistoleiros para fugir. Israel também foi atingido por tiros e hospitalizado, não resistindo aos ferimentos. A polícia não teve tempo de colher o depoimento dele.

Em frente ao terreno no qual as vítimas conversavam, policiais encontraram, após a chacina, munições intactas de calibre 9 milímetros e um carregador prolongado.

Até o momento, nenhum dos pistoleiros foi preso.

Guerra com o PCC

Investigações do Ministério Público de São Paulo (MPSP) apontam que o Bando do Magrelo é responsável pelo assassinato de pelo menos 30 integrantes do PCC. A rivalidade é motivada pela disputa da rota do narcotráfico na região de Rio Claro, que movimenta milhões de reais todos os meses – a Promotoria identificou que o bando comercializa drogas em, ao menos, oito cidades.

Anderson Ricardo de Menezes, o Magrelo, já intitulou-se como “o novo Marcola”, uma referência a Marco Willians Herbas Camacho – o principal líder do PCC.  Teria partido dele a ordem para a execução sumária dos integrantes do PCC.

Em uma denúncia obtida pelo Metrópoles, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), órgão do MPSP, afirmou que as execuções promovidas pelo Bando do Magrelo, em via pública, com disparos de fuzil em plena luz do dia, “colocam tristes holofotes na cidade”.

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