Cientistas mapeiam as sete zonas de perigo climático do mundo; veja quais são

O ano de 2024 está caminhando para o fim e, consequentemente, para também ser declarado como o mais quente já registrado. Tendo isso em vista, cientistas da Universidade de Columbia mapearam regiões específicas são consistentemente mais afetadas por temperaturas extremas.

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A pesquisa, publicada neste mês de novembro, analisa as ondas de calor ocorridas nos últimos 65 anos, identificando áreas onde o calor extremo tem predominado. O termo “calor extremo” se refere aos momentos em que a temperatura excede a média prevista para o verão daquele local. As regiões mais afetadas são:

  • China (central),
  • Japão,
  • Coreia,
  • Península Arábica,
  • Austrália (ao leste),
  • América do Sul (ao sul),
  • Ártico.

Nesses locais, foram observados recordes de temperatura máxima superados repetidamente. Essas ondas de calor extremas têm se intensificado nos últimos cinco anos. No entanto, os pesquisadores apontam que essas tendências regionais de temperaturas extremas são subestimadas em experimentos de modelos climáticos.


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Isso reforça a necessidade de uma investigação mais aprofundada em cada local, assim como do desenvolvimento de modelos climáticos mais complexos para abranger essas anomalias.

Dentre esses locais, o que tem dado indícios mais preocupantes é o noroeste da Europa, onde sequências de ondas de calor contribuíram para cerca de 60 mil mortes em 2022 e 47 mil em 2023. Elas ocorreram principalmente na Alemanha, França, Reino Unido e Holanda.

Apesar dessa constatação, o aquecimento extremo apontado em demais lugares não acontece de maneira homogênea. Em alguns locais, como na América do Sul, o aumento de temperatura registrado é menor do que havia sido previsto.

Fenômeno ocorre de maneira desigual

Nessas regiões, temperaturas extremas estão aumentando a uma taxa muito maior do que os modelos climáticos de última geração projetaram nas últimas décadas.

No entanto, de acordo com a pesquisa, esse fenômeno não está acontecendo da mesma maneira em todos os lugares onde foram registradas ondas de calor extremo nos últimos tempos.

O aumento nas temperaturas em muitas outras regiões é menor do que o que os modelos previram. Isso inclui grandes áreas do centro-norte dos Estados Unidos e centro-sul do Canadá, partes do interior da América do Sul, grande parte da Sibéria, norte da África e norte da Austrália.

Por que isso está ocorrendo?

Em um comunicado à imprensa, Samuel Bartusek, coautor do estudo, explicou que isso se deve às mudanças climáticas. 

“Nos pontos críticos que apontamos, os dias mais quentes têm atingido temperaturas ainda maiores particularmente rápido, o que pode ser por vários motivos. Em alguns lugares, pode haver mais ocorrências de padrões climáticos específicos que induzem as ondas de calor, ou o solo ressecado pode estar amplificando as temperaturas mais altas”, afirmou.

Além disso, Bartusek concluiu dizendo que é preciso destrinchar o que engatilha o aquecimento em cada um desses locais específicos. 

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