“Policiais são os únicos promotores de Direitos Humanos”, diz Derrite

São Paulo — Apesar das críticas recentes à pasta, Guilherme Derrite não recua em sua postura e mantém o tom de exaltação à Polícia Militar, dando a entender que deve permanecer em seu cargo. O secretário da segurança pública do estado discursou durante um evento de formatura na Academia Militar do Barro Branco, na zona norte de São Paulo, na manhã desta sexta-feira (13/12).

“Infelizmente, uma parcela pequena da sociedade e de algumas instituições se incomodam com o êxito do bem contra o mal e se esforçam para atrapalhar o combate ao crime. Por isso, faço questão de deixar uma mensagem clara (…) Os integrantes das forças policiais são os únicos e verdadeiros promotores de Direitos Humanos”, disse Derrite.

Na fala, o secretário também falou da importância dos agentes formados atuarem “pela legalidade”. Ele ainda defendeu a necessidade de exigir o cumprimento das normas por níveis inferiores da hierarquia, dizendo que “Cabe a nós, em posição de liderança, impedir que desvios de conduta venham a macular o bom trabalho e a imagem da nossa quase bicentenária Polícia Militar”.

A declaração acontece em meio a críticas à gestão Derrite em razão devido a uma série de casos de violência policial nas últimas semanas. Esses eventos levaram a especulações sobre uma possível destituição do secretário.

No início do mês em dezembro, um policial militar jogou um homem rendido de cima de uma ponte em Cidade Ademar. Em novembro, um menino de 4 anos morreu após ser atingido por uma bala perdida disparada durante operação policial na Baixada Santista.

Na formatura desta sexta-feira, contudo, o Derrite deu a entender que deve permanecer na pasta, reforçando o trabalho já feito nos últimos dois anos da gestão: “Garanto aos senhores que muitos avanços irão ocorrer ainda durante a gestão do governador Tarcísio de Freitas”, disse.

Durante o evento, Guilherme Derrite também mencionou a Operação Verão —  ação da Polícia Militar do início de 2024 na Baixada Santista marcada por casos de abuso policial e letalidade de civis. Aos novos aspirantes, o secretário disse que participar de operações como olhos de alunos “muitas vezes parecem sem pé nem cabeça”, mas “a vida, com sua infinita sabedoria, nos mostra, nos momentos mais difíceis, o quão essenciais elas são”.

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