Objetos misteriosos surgem no gelo derretido da Noruega: veja!

Com o aquecimento global acelerado pelas emissões de combustíveis fósseis na atmosfera, muitos glaciares e geleiras estão derretendo pelo mundo. Apesar de ser uma má notícia para o meio ambiente, há um tipo de cientista que acaba tendo benefícios com isso: são os arqueólogos, que encontram cada vez mais objetos no gelo descongelado dos países do norte.

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Na Noruega, especificamente, estão sendo encontrados itens da Idade da Pedra, Idade do Ferro e Era Medieval — segundo Espen Finstad, que coordena o programa norueguês Secrets of the Ice (Segredos do Gelo, em tradução livre), o país já encontrou mais da metade de todos os artefatos do crescente campo da arqueologia glacial, com mais de 4.500 deles.

Itens conhecidos e desconhecidos da Noruega

Os glaciares noruegueses foram cruzados por viajantes por milhares de anos, alvo de caça, comércio e outras aventuras do passado. Isso acontece desde a Idade da Pedra, com viagens cruzando as montanhas entre a costa do país, as geleiras e as áreas continentais.

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Muitos dos objetos são bem reconhecíveis, como ferraduras, luvas, flechas e até batedores de clara. Outros são mais misteriosos, como fragmentos de ferramentas desconhecidas.

A plataforma de gelo Lendbreen é um dos sítios arqueológicos mais prolíficos aos cientistas, que identificaram o local como rota de viagem comum nas eras medieval e Viking.

Todos os anos, arqueólogos visitam a região, que já rendeu as flechas mais bem preservadas que se pôde encontrar. Uma delas, por exemplo, estava logo acima do gelo, nem precisando ser escavada. Outra ainda preservava as penas da fabricação.

Há muitas flechas no local, já que a caça de renas foi praticamente uma indústria da época, segundo Finstad. Algumas delas tinham pontas feitas de mexilhões de rio, indicando uma origem distante: o comércio antigo ia bem longe.

Em 2024, foram encontrados cerca de 50 objetos misteriosos, com couro, têxteis e madeira impossíveis de se identificar. São coisas que só o gelo preserva, durando milhares de anos: em qualquer outro contexto, já haveriam sumido. Mesmo com o derretimento, neves fortes pararam os trabalhos do ano, mas os cientistas já estão animados para voltar à região em tempo propício, de acordo com Finstad.

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