Ar-condicionado do futuro: magnetismo pode resolver o alto consumo de energia

O ar-condicionado é um aliado contra o calor, mas seu alto consumo de energia e o uso de gases refrigerantes representam um problema ambiental. Para resolver isso, cientistas do Laboratório Nacional de Oak Ridge (EUA) desenvolveram uma tecnologia chamada resfriamento em estado sólido.

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Essa alternativa ganhou notoriedade recentemente por solucionar de uma vez as principais falhas dos aparelhos tradicionais, tornando-se uma forte candidata a substituí-los.

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Utilizando magnetismo como base, o resfriamento em estado sólido tem tudo para substituir o ar-condicionado de forma prática e inteligente. A seguir, entenda melhor quais são suas vantagens e como a solução pode impactar positivamente em termos de consumo.


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Quais são as vantagens do magnetismo?

Por se tratar de uma tecnologia experimental, ainda não temos nenhum tipo de produto que permita comparar resultados diretamente com o ar-condicionado – mas já é possível avaliar como essa inovação conseguiria se sobressair ao aparelho tradicional.

Vamos começar entendendo como tudo isso funciona. Em tese, o resfriamento em estado sólido dispensa a necessidade de um maquinário complexo como o de um ar-condicionado, assim como o uso de gases e outras substâncias que possam ser nocivas ao meio ambiente.

A ideia é utilizar um campo eletromagnético em combinação com um material especial capaz de alterar sua forma ao absorver calor.

O ar-condicionado envolve uma parte mecânica complexa e delicada (Reprodução/Smart AC Solutions Assistant)

Assim, o material em questão consegue absorver uma grande quantidade de calor e ir adaptando sua forma livremente, dependendo do campo eletromagnético ao qual estará submetido. Com isso em mente, podemos afirmar as seguintes vantagens:

Redução de componentes mecânicos

Grande parte do motivo de o ar-condicionado consumir muita energia elétrica se deve à sua complexidade mecânica. Existem muitos componentes atuando em conjunto para eliminar o ar quente e, ao mesmo tempo, refrescar o ambiente. Além disso, a parte mecânica também cria uma necessidade frequente de manutenções – especialmente quando o produto já é antigo.

O processo com magnetismo dispensa toda essa complexidade e, por consequência, resolve o problema do consumo excessivo e da manutenção.

Maior controle termodinâmico

Diferente de um ar-condicionado, o resfriamento em estado sólido utiliza apenas a energia magnética para controlar seus ciclos termodinâmicos. Isso garante um controle maior da temperatura ambiente, permitindo alterá-la mais rapidamente e eliminando as perdas energéticas substanciais do processo de refrigeração do ar-condicionado.

Além de ser rápido, o sistema de acoplamento por magnons-fônons também é mais eficiente que o de um ar-condicionado comum. Ele elimina várias perdas decorrentes do ciclo de refrigeração tradicional, que ocorrem em praticamente todas as etapas do processo: condução, convecção e radiação. O resultado é uma temperatura mais gratificante alcançada com o mínimo de esforço.

Fim da dependência de gases refrigerantes

Os gases refrigerantes utilizados em ares-condicionados são nocivos para o meio ambiente e para a saúde humana, sendo outro ponto que torna os aparelhos problemáticos do ponto de vista sustentável. Grande parte da complexidade operacional de um ar-condicionado está ligada a esses gases, o que justifica parte do seu excesso de componentes.

Todo ar-condicionado utiliza um gás nocivo para o meio ambiente (Divulgação/Caeli Energie)

O resfriamento em estado sólido é totalmente livre dessa dependência e, por consequência, acaba sendo muito mais sustentável – além de seguro.

O quão econômico pode ser?

Essa é uma pergunta impossível de ser respondida no presente momento, já que ainda não existe nenhum produto que utilize o resfriamento em estado sólido como método de refrigeração. Os avanços relacionados à tecnologia têm sido consideráveis, mas, no momento, ela segue em diversos estágios de teste.

Enquanto não se pode afirmar nada, podemos deduzir a partir da lógica dos fatos. A metodologia não terá a mesma estrutura mecânica de um ar-condicionado, não utilizará gases refrigerantes e ainda conseguirá controlar a temperatura ambiente fazendo um esforço muito menor.

Diante dessas informações, podemos esperar uma redução drástica no consumo de energia elétrica, marcando uma verdadeira revolução no que diz respeito à refrigeração.

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